Redação Pragmatismo
Direita 25/Ago/2017 às 17:03 COMENTÁRIOS
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Cidade da Alemanha encontra maneira genial para lidar com os neonazistas

Publicado em 25 Ago, 2017 às 17h03

Cidade alemã para onde neonazistas peregrinam todos os anos para visitar túmulo de braço-direito de Hitler encontrou uma forma genial para lidar com eles. Ideia tem inspirado outras cidades e países a lutar contra o nazismo de um jeito criativo

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Mike Pearl, Vice. Tradução: Marina Schnoor

Nos últimos 25 anos, as ruas de Wunsiedel, uma cidade pacata do nordeste da Alemanha, têm sido palco de marchas em homenagem ao vice-führer Rudolf Hess. Até 2011, a figura tinha um túmulo na área.

Depois, seu corpo foi exumado e cremado. Mas os fascistas alemães modernos ainda têm uma quedinha pelo Hess; então, a falta de um monumento não impediu esse pessoal de aparecer na cidade nos últimos três anos, para consternação dos moradores não nazistas.

Quando a mais recente marcha aconteceu, no final de semana passado, os cidadãos bolaram um tipo de caminhada beneficente: para cada metro percorrido pelos neonazistas, as pessoas da cidade doariam uma certa quantia para a organização sem fins lucrativos Exit Deutschland, que ajuda a reprogramar fascistas para não serem mais fascistas. As doações chegaram a 10 mil euros.

Os organizadores não informaram aos neonazistas de que isso iria acontecer, claro. Em vez disso, eles os receberam na cidade com grandes faixas coloridas contendo informações sobre cada etapa, juntamente com cartazes caseiros de incentivo onde se liam frases como “Rápido como um galgo, resistente como couro e generoso como nunca”. (O que soa bem mais legal em alemão).

A brincadeira incluía marcas no asfalto indicando quanto já tinha sido doado e uma central de lanches chamada “Mein Mampf” (algo como “Minha Larica”), que era só uma mesa com bananas empilhadas. O pessoal da cidade não poupou despesas.

Você provavelmente já viu esse tipo de contra-ativismo antes. Isso foi usado quando Fred Phelps morreu e pessoas fizeram doações para causas LGBT em nome dele. E a tendência até já ganhou um nome: “trollantropia”.

O aspecto filantrópico da caminhada neonazi de Wunsiedel foi simbólica, claro. Os moradores só doariam metade se a marcha fosse interrompida pela chuva? Duvido. Eles doariam a grana mesmo se os neonazistas tivessem recuado logo no começo? Com certeza. O importante é que os manifestantes fizessem papel de idiota.

As câmeras registraram fotos ótimas das caras confusas dos participantes da marcha enquanto os moradores da cidade pareciam estar se divertindo bastante. Se Hess ainda estivesse em um caixão, ele estaria se revirando lá dentro.

VÍDEO:

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