Depois de lutar pela vida durante cinco dias, um dos jovens atropelados pelo herdeiro da RBS não resiste aos ferimentos e morre. Pai do acusado divulgou nota. Sérgio Orlandini Sirotsky continua em liberdade
Sérgio Teixeira da Luz Júnior, 23 anos, morreu nesta sexta-feira (11) em Florianópolis. O jovem estava internado em estado grave na UTI, passou por cirurgias e chegou a retirar parte do pulmão esquerdo.
Da Luz foi um dos três jovens atropelados por Sérgio Orlandini Sirotsky, de 21 anos. De família poderosa e abastada, Sirotsky é herdeiro do grupo RBS (afiliada da Globo no Sul do Brasil).
As vítimas haviam saído de uma festa quando foram atropelados pelo Audi A3 de Sirotsky. O assassino prestou depoimento à polícia na quarta-feira (9) e foi liberado, já que não houve prisão em flagrante.
Antes da morte de Luz, o delegado Otávio Cesar Lima, da 7ª Delegacia de Polícia, conduzia o inquérito por crime de lesão corporal culposa (quando não há intenção de matar) na direção de veículo e omissão de socorro. Agora, a conclusão do inquérito pode seguir um rumo diferente.
“A morte aconteceu em razão do acidente. Resta saber se foi (homicídio) culposo (sem intenção de matar) ou dolo eventual (quando assume o risco de matar)” explicou o delegado.
Outra possibilidade que pode ser levada em consideração tanto no inquérito quanto no processo criminal é a de crime de lesão corporal seguida de morte. A conclusão dependerá do colhimento de provas, resultado da perícia e depoimento de testemunhas.
No fim da manhã desta sexta-feira, o pai de Sérgio Orlandini Sirotsky, Sérgio Sirotsky, divulgou nota afirmando que “não há o que amenize e alivie a imensa dor dessa perda”, acrescentando: “Que a família encontre forças para enfrentar esta ausência. Estamos todos de luto e sofrendo com os familiares e amigos de Sérgio Teixeira da Luz Júnior”.
Impunidade
Em 2010, quanto tinha 14 anos, Sérgio Orlandini Sirotsky estuprou uma adolescente de 13 anos, acompanhado de amigos. O crime teve requintes de crueldade e foi abafado por toda a mídia.
Na época, o blogueiro Amilton Alexandre, conhecido como ‘Mosquito’, foi o único jornalista que tentou investigar e o caso e fazer um pouco de barulho em meio ao silêncio conveniente. Mosquito foi encontrado morto (relembre aqui).
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