Direita

Líder da KKK celebra assassinato de advogada

Share

Um dos líderes da Ku Klux Klan admitiu que ficou feliz com a morte da advogada Heather Heyer. O extremista de direita revelou ainda que sentiu satisfação ao ver dezenas de pessoas sendo machucadas em Charlottesville: "eram apenas um bando de comunistas"

Justin Moore, à direita, admitiu que ficou feliz com a morte de Heather Heyer

“Fiquei feliz que aquela garota tenha morrido”. Foi com esta frase que Justin Moore, líder da Ku Klux Klan no estado da Carolina do Norte (Estados Unidos), definiu o protesto do grupo da supremacia branca que aconteceu no último final de semana na cidade de Charlottesville, no estado da Virgínia, e acabou com a morte da advogada e ativista dos direitos humanos Heather Heyer, além de diversos feridos.

“Posso dizer que fiquei satisfeito de ver aquelas pessoas sendo atingidas e de saber que aquela garota morreu”, disse Moore, em entrevista à WBTV na última segunda-feira (14). “Eles eram apenas um bando de comunistas protestando contra o direito de expressão de alguém. Então, não me incomodo de forma alguma que eles tenham se machucado e acredito que vamos ver mais coisas como essa acontecendo nos próximos eventos”.

Heather foi atropelada por James Allen Fields Jr quando estava com um grupo de protestantes que enfrentava os integrantes da supremacia branca. Em alta velocidade, ele jogou o carro em direção aos manifestantes, matando a mulher e ferindo outras 19 pessoas, antes de fugir do local.

“Nosso protesto deveria ter sido pacífico. Porém, os anti-fascistas e comunistas tentaram nos impedir. Os brancos já estão ficando cansados deste tipo de atitude e de como a imprensa está sendo controlada. Então, acredito que outros incidentes como esse ainda vão acontecer”, afirmou Moore.

Nos quarteis da entidade, é possível encontrar outras menções ao nome de James Allen. Em uma mensagem gravada na secretária eletrônica, o grupo celebra a morte de Heather, afirmando que ‘nada deixa a KKK mais feliz do que ver um branco patriota atropelar comunistas’: “Nós o saudamos, James Fields. A força da raça branca depende de homens como você”.

Apesar de todo o discurso de ódio e de ter perdido a filha de maneira trágica, Mark Heyer, pai de Heather, disse que perdoa o assassino e que espera que essa lição possa ser passada para os dois lados do conflito.

“Ela era uma mulher forte, que tinha opiniões sensatas sobre a igualdade para todos e tentou se manter firme a essas ideias. Com ela, não eram apenas palavras, mas sim ações. Agora, só posso dizer que perdoo quem fez isso, pois foi assim que aprendi, e espero que eles também saibam fazê-lo”, afirmou ele.

AFP

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook