Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 19/Set/2017 às 12:21 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Quatro homens são condenados por estupro coletivo em SC

Publicado em 19 Set, 2017 às 12h21

Quatro homens são condenados por estupro coletivo em SC. “O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade ao subjugar pela violência”, desatacou o desembargador

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A sentença julgada em 2ª instância pelo Tribunal de Justiça, que teve como relator o desembargador Sérgio Rizelo, foi divulgada pela comunicação do TJ-SC nesta quinta-feira. Cada um dos réus pegou entre 11 e 12 anos de prisão com regime inicial fechado.

Segundo a denúncia do Ministério Público, uma adolescente de 15 anos e uma jovem de 19 pegaram carona em um veículo com quatro rapazes no fim do baile. No meio do trajeto para casa, os rapazes pararam o carro em uma área descampada e passaram a ameaçar as vítimas. Um deles estava armado.

A adolescente conseguiu fugir. Já a colega mais velha, que não conseguiu se desvencilhar dos homens, sofreu abusos que só foram interrompidos após a chegada de uma guarnição da Polícia Militar. A polícia foi acionada pela adolescente que conseguiu fugir.

Os réus negaram o crime e chegaram a insinuar que a vítima estava embriagada. No entanto, a justificativa foi desconsiderada pelo desembargador que destacou a necessidade de combater a violência contra a mulher.

O estupro coletivo é a expressão mais odiosa do desprezo pela condição feminina. É um modo de demonstrar o poder do macho brutal que exibe sua bestialidade ao subjugar pela violência“, observou no acórdão, ao transcrever artigo publicado pelo médico Dráuzio Varella.

O relator destacou a proposta legislativa que prevê agravamento de pena para condenados por estupro coletivo e apontou caminho alternativo para a desconstrução da cultura do machismo.

Simplesmente aumentar a pena do crime não resolve. É de educação capaz de mudar a cultura reinante que se carece“, resumiu.

A decisão da câmara foi unânime. O processo tramitou em segredo de justiça para preservar a vítima.

Diário Catarinense

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