Contra o Preconceito

Menino africano adotado vira gênio na Inglaterra e agora pode ser deportado

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Menino negro adotado em um orfanato em Zimbábue virou um gênio na Inglaterra e agora corre o risco de ser deportado e perder sua vaga em Oxford

Hypeness

A história do jovem Brian White é a história da superação de dificuldades e desigualdades – e de como tais injustiças parecem perseguir os que lutam para superá-las.

White nasceu no Zimbábue e, ainda bebê, foi abandonado em um orfanato. Aos 6 anos de idade foi adotado por um pai inglês e uma mãe zimbabuana. Quando a família decidiu voltar à Inglaterra, a imigração não concedeu ao pequeno White a cidadania inglesa, e um longo e tortuoso processo para sua estadia definitiva no país teve início. Ele então tinha 15 anos.

Enquanto o processo caminhava, White investia em sua vida escolar e acadêmica – com um afinco e uma capacidade exemplar. Aos 21 anos, o estudante conseguiu quatro notas máximas em sua avaliação, conquistando assim uma vaga na universidade de Oxford, uma das melhores e mais tradicionais do mundo.

Mesmo tendo superado tantos obstáculos, ainda havia um grande problema: em 2014, seu pedido de cidadania foi negado.

Agora, mesmo aprovado na principal instituição de ensino do país, White corre o risco de ser deportado e de perder sua vaga. “Eu não tenho permissão para trabalhar, então suponho que seria deportado para África”, ele disse em entrevista. “Não sei o que farei. Não conheço ninguém lá. Todo mundo que conheço e amo está aqui”.

Por não ser reconhecido como cidadão inglês, White não pode pedir financiamento dos custos da universidade nem trabalhar. “Eu trabalhei duro para entrar em Oxford. Gastei muito tempo estudando, e por fim consegui as notas. Estava extasiado. Quando descobri que não poderia ir fiquei muito triste”.

A universidade estendeu a garantia de sua vaga por mais um ano, e uma petição foi criada por seus amigos pedindo que seja concedida a cidadania permanente ao jovem Brian White – que, segundo os amigos, é “uma das pessoas mais trabalhadoras e inspiradoras” que eles já conheceram. As autoridades afirmam que estão cuidando do caso com urgência. Até o fechamento dessa matéria, cerca de 92 mil pessoas já haviam assinado a petição.

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