O ex-ator Alexandre Frota recebeu centenas de comentários após demonstrar indignação com o que chamou de "modelo de banheiro idealizado pelo PSOL, PT e PCdoB", mas uma das resposta fez a internet chorar de rir
O ex-ator pornô Alexandre Frota se envolveu em mais uma polêmica nas redes sociais após criticar, na última segunda-feira (25), uma proposta de uso do banheiro unissex em universidades.
Em sua conta no Twitter, Frota publicou um desenho com meninas e meninos em um banheiro com a legenda: “Assim são os banheiros que o PT, o PSOL e PCdoB querem para os nossos filhos”.
Muitas pessoas reagiram à “indignação” de Frota, mas um comentário em específico expôs toda a hipocrisia da publicação do ex-ator.
O perfil identificado como “CLAminhoneira” rebateu com uma foto de Alexandre Frota sem roupas beijando outros homens num banheiro público e a seguinte legenda: “E esse banheiro aqui, de qual partido que é?”.
A resposta viralizou e foi visualizada por milhares de internautas.
“Hahahahahah, tem gente que esquece do passado…”, reagiu um usuário.
“Para ganhar dinheiro quando estava precisando, não teve problema nenhum em fazer certas coisas”, comentou um jovem.
“Agora que tá precisando de dinheiro, querendo ser deputado, escolhe imitar o Bolsonaro pra aparecer”, publicou outro.
No espaço destinado a comentários, Alexandre Frota ainda tentou entrar em debate e trocou insultos com alguns internautas.
Consultados, nenhum dos partidos mencionados pelo ex-ator afirmam que apresentaram proposta de ‘banheiros unissex’ para crianças em qualquer lugar do Brasil. O que confirma a teoria de que Frota apenas queria aparecer disseminando informações inverídicas.
“Banheiro unissex” na PUC
No último mês, a mudança de um banheiro na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo abriu um debate intenso sobre a questão da diversidade de gênero. Uma placa inaugurou a inovação no campus da PUC-SP.
“Eu estava sentado do lado de fora, e aí quando colocaram, eu entrei para ver como era e eu achei muito bacana a iniciativa, então foi um momento marcante para mim, porque eu vi aquilo e eu vi as pessoas meio confusas com o que estava acontecendo”, disse um estudante de administração da instituição de ensino.
“Homens, mulheres, pessoas que não se identificam com padrão de gênero. Todo mundo no mesmo espaço, convivendo. É bem importante”, disse uma estudante de Relações Internacionais.
Um jovem afirmou que se sentiu mais à vontade. “Às vezes, eu gosto de fazer alguma maquiagem, e eu sinto preconceito, alguma hostilidade no banheiro masculino. E nesse banheiro a gente sente essa maior liberdade”.
“O amadurecimento da sociedade é bem necessário, por conta desse negócio de assédio. Mas eu acho se não começar uma hora, acho que nunca vai ter uma mudança”, comento uma estudante de direito Maira Vasconcellos.
A ideia partiu da reitora da instituição. “Simplesmente pusemos uma placa apenas nesse banheiro em específico, como um banheiro unissex, se você quiser assim. E nos surpreendemos com a reação fora da universidade”, contou a reitora Maria Amalia Andery.
Nas redes sociais, o debate alcançou mais de um milhão de pessoas. A maioria curtiu, mas quase cinco mil não gostaram. As críticas falam em transmissão de doenças, desrespeito à igreja, porque a universidade é católica, e até risco de violência.
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