As 5 'pérolas' que você vai ouvir (ou já ouviu) sobre vinhos
Independentemente de entender ou não de vinhos, você já deve ter ouvido pérolas desnecessárias (e até bizarras) sobre a bebida. Confira a seleção das piores
O maior pecado de quem se interessa por vinhos é falar sobre isso o tempo todo. Não é o maior pecado do mundo, até porque os vinhos são muito interessantes e, de fato, sempre tem algo que pode ser compartilhado ou aprendido.
O problema é quando alguns comentários extrapolam os limites. É difícil ler, estudar e beber vinhos a ponto de se tornar uma pessoa acessível, ao invés de arrogante. Falar sobre as suas experiências é bem diferente de ditar o que os outros devem fazer, ainda mais no campo das bebidas e dos alimentos, em que nem todos vão sentir o mesmo prazer pelas coisas.
Nós já fomos aqueles que não tinham interesse por vinho. Depois, passamos a ser aqueles que bebiam, mas que se desculpavam por não saber nada sobre técnicas e terminologias. Hoje, nós sabemos o suficiente para conhecer melhor o nosso paladar e termos a certeza de que, dependendo das próximas experiências, o amanhã pode nos reservar novas preferências.
Ocorre que, entendendo ou não de vinhos, ninguém está imune de ouvir comentários desnecessários. Escolhemos algumas dessas pérolas para compartilhar.
Não gostou desse vinho? É que precisa ter um paladar mais refinado!
Essa mania de caracterizar o paladar é uma bobagem. Gostos não são unânimes! É perfeitamente possível você não curtir um vinho e isso significar, apenas, que você não gosta daquele exemplar ou daquele estilo de vinho, mas aprecia outros que sejam tão interessantes e de tão boa qualidade quanto.
Vinho brasileiro? Deus me livre!
Falar sobre a atual produção de vinhos nacionais dessa forma beira à ignorância. Desde os anos 90, o País anda a passos largos no quesito qualidade. E não apenas os espumantes, mas os brancos e os tintos vêm alcançando uma posição de destaque no mercado interno e externo.
Preferências, como dito, não são unânimes. Se você já provou diversos exemplares nacionais e não gostou, é uma pena. Só que a experiência nos mostrou que uma parcela robusta de consumidores, inclusive brasileiros, repele o vinho nacional muito mais por preconceito do que por conhecimento de causa.
Vinho tinto é melhor do que vinho branco!
Já perdemos a conta de quantas vezes ouvimos isso. Há muitas pessoas que apreciam os vinhos de mesa, outras que preferem os vinhos finos, tem os amantes dos vinhos doces, outros que não abrem mão dos vinhos secos, os que apreciam vinhos brancos e os que adoram vinhos tintos. Existe uma variedade imensa de cores e sabores de vinhos e você, obviamente, pode ter os seus favoritos, mas saiba respeitar os gostos de cada um.
Esse vinho tem notas de couro e, na boca, é tenro feito carne
Nós presenciamos descrições como essa sendo ditas e expostas em diversos lugares. Falar de um vinho movido pela emoção pode até ser uma inspiração… Só que apresentá-lo e expô-lo à venda dessa forma pode afastar as pessoas, sobretudo as que não bebem vinho com frequência.
Já é bem subjetivo indicar as notas aromáticas e o sabor de um vinho, pois cada um sente e se sente de um jeito ao degustá-lo. Quando se apela para emoções particulares ou sensações íntimas, a descrição da bebida pode virar um diário e não será possível compreender ou imaginar o estilo do vinho.
Vinho bom é caro. Vinho barato é ruim
O preço de um vinho pode estar associado aos custos envolvidos, ao lucro e até ao renome da vinícola. O sabor do vinho, se é bom ou ruim ou se você vai gostar ou não, é uma história à parte. Já bebemos vinhos de menos de R$ 40 deliciosos e outros de mais de R$ 100 completamente intragáveis.
Preço é, obviamente, um atrativo interessante quando o assunto é vinho, mas se um exemplar é bom ou não quem define, no final das contas, é o seu paladar.
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