Principal apoiador do impeachment de Dilma Rousseff nos EUA e diretor de uma instituição norte-americana. Conheça Paulo Sotero, o homem que ri do comentário racista de William Waack
Paulo Sotero é o homem que aparece ao lado de William Waack no vídeo vazado no qual o jornalista faz uma afirmação racista.
Sotero é diretor de um think tank nos EUA que se tornou um dos principais centros de lobby em relação ao Brasil.
Em nota divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo Buzfeed, Sotero diz que não se lembra de nada daquela entrevista com William Waack.
“Não é algo que tenha ficado registrado na minha memória. A julgar pelo vídeo, reajo a algo que se passa na minha frente no momento em que estou concentrado à espera de um sinal para entrar no ar”, declarou o entrevistado.
Sotero ainda tenta minimizar a polêmica e defende Waack. “No vídeo, não consigo ouvir o que o William me diz. Surpreende-me a informação sobre comentário racista. Não acho graça nenhuma em racismo e não creio que o William tenha postura diferente sobre o assunto”, completa.
No clipe, feito minutos antes de o jornalista entrar no ar para tratar das eleições americanas, no ano passado, Waack diz:
“Tá buzinando por que, seu m… do c…?”, ao reclamar de uma buzina que soa na rua. Em seguida, ele balbucia: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…” E depois continua com um trecho em que parece dizer: “É preto, é coisa de preto”.
Quem é Paulo Sotero?
Paulo Sotero é um ex-jornalista brasileiro que foi um dos principais apoiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em território norte-americano.
Sotero é diretor do Brazil Woodrow Wilson International Center, uma instituição estadunidense de estudos de geopolítica que levou o juiz Sergio Moro e o ex-procurador geral Rodrigo Janot aos Estados Unidos.
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Responsáveis pelo vídeo
Diego Rocha Pereira e Robson Cordeiro Ramos foram os responsáveis pelo vazamento do vídeo. Eles afirmam que se indignaram com o comentário de Waack e também com a postura de Paulo Sotero.
“William Waack não foi repreendido depois do comentário racista. Ali estava cheio de gente, tinha coordenador, diretor de imagem, o próprio entrevistado poderia ter reclamado da ‘piadinha”, afirma Diego.
Robson acredita que o episódio provocará reflexão na sociedade sobre a questão racial. “As pessoas vão pensar: ‘olha o que aconteceu com ele, se eu tiver a mesma atitude, acontecerá comigo também”, conclui.
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