EUA

O novo capítulo no caso Keaton, menino vítima de bullying nos EUA

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Desabafo do menino Keaton mobilizou os EUA e repercutiu mundialmente. Agora, com o surgimento de novas imagens, depoimentos e até de 'vaquinhas', o caso ganhou um novo (e decisivo) capítulo

O vídeo de Keaton Jones, de 11 anos, vítima de bullying em Tennessee, nos EUA, desencadeou uma onda de solidariedade entre celebridades internacionais (veja aqui).

Nas últimas horas, o caso ganhou um novo capítulo. Fotos de Kimberly e Keaton ao lado da bandeira dos Estados Confederados vieram à tona.

A presença da bandeira confederada é uma questão controversa nos EUA.

Usada pelos Estados do sul do país durante a Guerra Civil, ela foi adotada por grupos como o Ku Klux Klan após o conflito e hoje é vista pelos críticos como um símbolo comparável à suástica – uma vez que remete à escravidão e opressão racial.

Na manhã desta segunda (12) Kimberly foi ao programa Good Morning America para falar sobre a repercussão das imagens.

“Nós não somos racistas, as pessoas que nos conhecem sabem disso. [A foto] foi feita para ser irônica e engraçada. Eu realmente sinto muito. Se eu pudesse voltar atrás, eu voltaria”, afirmou.

Em paralelo à onda de solidariedade, surgiram também boatos de que garoto havia se tornado alvo de bullying depois de usar termos racistas com alunos negros da escola.

Um post de Kimberly publicado em agosto também passou a circular nas redes e causou controvérsia.

Nele, a mãe de Keaton diz para as pessoas pararem “de choramingar sobre a escravidão e o racismo”. Não se sabe exatamente o contexto da publicação. No entanto, o TMZ destaca que a publicação foi feita duas semanas após o conflito racial envolvendo defensores da supremacia branca em Charlottesville, Virgínia, nos EUA.

“Se as querem me odiar ou qualquer outra coisa, tudo bem, mas ainda assim devem conversar com os seus filhos, porque esta é uma epidemia”, defendeu-se Kimberly no Good Morning America citando a questão do bullying.

Além da polêmica em torno do suposto comportamento racista da mãe de Keaton, o vídeo com o depoimento garoto também provocou o surgimento de vaquinhas online.

Uma delas havia arrecadado mais de 50 mil dólares.

Joseph Lam, responsável pela campanha, encerrou as doações na página logo depois da controvérsia envolvendo a bandeira confederada. Ao jornal The Telegraph, a plataforma GoFundMe afirmou que estava trabalhando para determinar a finalidade do dinheiro.

A irmã mais velha de Keaton, Lakyn Jones, usou seu perfil no Twitter para rebater as informações que se espalharam sobre sua família. Ela garante que a família não está organizando campanhas de arrecadação de dinheiro e que o irmão Keaton não manifestou nenhum comportamento racista na escola.

Minha família continuará se apoiando mutuamente. Vocês podem odiar e tweetar o que quiserem, mas nossa fé não pode ser abalada. O Instagram KimberlyJones_38 não é minha mãe. Ela tem um Instagram privado e não falou com ninguém. Não recebemos dinheiro e não planejamos isso. [As vaquinhas online] não são nossas”, disse.

“Aqueles que me conhecem e conhecem minha família sabem que não somos racistas. Meu irmão não diz a palavra “N” [nigger, termo em inglês de conotação racista]. Por favor, deixe-o em paz”, concluiu.

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