George Soros faz discurso duro contra o Facebook e o Google durante o Fórum Econômico Mundial de Davos prevendo o declínio das empresas
Lilian Milena, Jornal GGN
Considerado hoje um dos maiores investidores do mundo, o húngaro-americano George Soros fez um discurso duro contra o Facebook e o Google durante um jantar no Fórum Econômico Mundial de Davos prevendo o declínio das empresas. Para ele o monopólio estabelecido pelas gigantes da tecnologia prejudica a democracia e a inovação. E isso se deve pelo baixo nível de regulamentação, cenário que começa a mudar a partir de ações da União Europeia. As informações são da Folha de S.Paulo.
“Facebook e Google se tornaram monopólios cada vez mais poderosos, criaram obstáculos à inovação, e causaram diversos problemas dos quais estamos apenas começando a nos conscientizar“, disse Soros. A União Europeia está processando a Google por suposta violação de leis antitruste e, em 2016, as autoridades europeias de defesa da competição condenaram a Apple a pagar mais de US$ 15 bilhões em impostos recolhidos na Irlanda. Além disso, o Facebook foi multado por várias agências de proteção da privacidade por violar leis de proteção de dados na Europa.
Soros até sugeriu aos Estados Unidos se inspirarem nas ações da ex-ministra da Economia da Dinamarca e atual comissária de defesa da competição da UE, Margrethe Vestager que, assim como outros dirigentes europeus, adotou medidas de regulamentação contra as empresas de tecnologia.
Também nos Estados Unidos o cerco aumenta contra as gigantes da tecnologia. Em outubro do ano passado, democratas do Congresso liderados pelo senador John McCain, do Arizona, apresentaram um projeto de lei tornando mais rigoroso a veiculação de anúncios políticos nas plataformas digitais. Os legisladores alegam que a medida pode ajudar a impedir que a Rússia e outros países explorem as redes sociais para prejudicar as eleições nos Estados Unidos.
O pressão sobre as empresas do Vale do Silício vem aumentado por parte de críticos da tecnologia e autoridades de Washington, também, apontando para a necessidade de discutir o papel delas a difusão de notícias falsas ou na desinformação mesmo.
Leia também:
Mestre das notícias falsas no Facebook revela como ajudou a eleger Donald Trump
Notícias falsas sobre conflito em Aleppo viralizam na internet
Notícias mais compartilhadas na semana do impeachment são falsas
Em resposta às criticas de Soros, Google e Facebook disseram que não estão disponíveis para discutir maior fiscalização dos governos. Em um post o Facebook até admitiu que, em certas circunstâncias, a rede social pode prejudicar a democracia.
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook