Neonazistas do grupo “Carecas do Brasil” que agrediram jovem homossexual em Fortaleza foram identificados e notificados para depor. MP diz que episódio caracteriza ‘presumido crime de homofobia’
Membros do grupo “Carecas do Brasil“, suspeitos de agredir um garoto em Fortaleza, foram identificados e notificados para depor, ainda nesta terça-feira (30), de acordo com o Ministério Público do Estado do Ceará. A vítima de agressão do “presumido crime de homofobia” também vai apresentar sua versão aos promotores.
Um estudante relatou em rede social ter sido agredido por um grupo de homens carecas, vestindo preto, na noite de 19 de janeiro, na Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, em Fortaleza. “Me cercaram e começaram a me socar, eu só tive a reação de proteger a minha cabeça e gritar por socorro“, disse a vítima.
O Fórum Cearense LGBT e a Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares (Renap) denunciaram o caso.
“A agressão ao estudante por um suposto grupo neonazista, denominado ‘Carecas do Brasil’, despertou a atenção de setores da sociedade. Conforme relato em rede social, a vítima teria sofrido violência física e xingamentos de cunho racista e homofóbico por parte dos supostos agressores“, diz o Ministério Público.
O órgão afirma que, por se tratar de um caso de racismo e preconceito, o caso é mantido em sigilo, e o nome das pessoas envolvidas no caso não será divulgado.
Panfletos
No site do grupo Carecas do Brasil, eles divulgam ações como panfletagem com mensagens antissionistas, contra o feminismo, drogas, anarquismo, comunismo e antifascismo. Junto com os símbolos negando as ideologias contrárias às do Carecas do Brasil, há a mensagem “o inferno voltou“, apesar de eles se identificarem como cristãos.
Os neonazistas são grupos formados normalmente por homens, que preferem usar roupas pretas e corte de cabelo curto ou raspado. Eles espalham mensagens contra leis voltadas para minorias, e conteúdos xenofóbicos, homofóbicos e racistas.
Em casos similares ao da agressão ocorrida na Praça da Gentilândia, a Secretaria de Segurança do Ceará orienta que a vítima registre boletim de ocorrência para dar início a uma investigação.
informações de G1
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