Investigada pelo CNJ, desembargadora que mentiu sobre Marielle Franco já foi presa por confusão em salão de beleza
Kiko Nogueira, DCM
A desembargadora que difamou Marielle Franco já causava desde os tempos em que era promotora no Rio de Janeiro.
Há mais de 30 anos que Marília de Castro Neves Vieira é notícia.
O Jornal do Brasil publicou matéria em 1986 sobre uma confusão entre ela e um capitão da PM.
Todos acabaram na delegacia e o policial levou a pior.
Tudo aconteceu porque Marília, à época promotora de justiça em Maricá, cidade do litoral fluminense, precisava ir ao salão de beleza. Como estava com pressa, parou o carro, um Chevette, em local proibido, e acabou multada por um guarda de trânsito, que mandou que ela retirasse o veículo do local.
Revoltada, recusou a ordem, xingou o guarda e voltou para o salão pois “tinha mais o que fazer”.
O PM então chamou um superior seu, o capitão Orlando Raffi Grieco, que algemou e colocou Marília no camburão a fim de levá-la à delegacia.
Chegando lá, Marília identificou-se como promotora, alegou que foi agredida e detida injustamente e quem levou a pior foi o capitão, que foi processado e só conseguiu ser absolvido quase dois anos depois.
Leia também:
Desembargadora agora ataca professora com Down, mas recebe resposta irretocável
Desembargadora será processada por pedir o fuzilamento de Jean Wyllys
Desembargadora defendeu homens que assediam mulheres
Desembargadora que atacou Marielle Franco divulga ‘mea culpa’
Contra a imoralidade
O judiciário entre a imoralidade e o privilégio
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook