Desembargadora que caluniou Marielle Franco ironizou mulheres assediadas sexualmente e disse que a “Lei Maria da Penha é covardemente usada contra homens”
Não é de hoje que a desembargadora Marília de Castro Neves causa polêmica nas redes sociais. Alvo de duas representações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), depois de postar calúnias sobre a socióloga e vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), dizendo que ela “estava engajada com bandidos”, a magistrada vem “apanhando” muito nas redes a respeito de posts antigos publicados em seu perfil no Facebook. Além de questionar a capacidade de uma professora com síndrome de Down, ela publicou, em 2015, segundo informações de O Globo, uma mensagem na qual ela critica mobilizações contra o assédio sexual e em favor dos direitos das minorias.
“Assédio sexual é o quê? Paquera no trabalho???? Francamente!!!! Será que não temos nada mais importante pelo que lutarmos???? Uma pia de louça para lavarmos???”, escreveu Marília, em postagem de 2015 na rede social. Ele questionou o que seriam as chamadas “minorias” e ressaltou que as mulheres, por exemplo, eram numericamente superiores aos homens – apesar de a definição dizer respeito a minorias políticas. Marília criticou o “amplo conceito de inclusão social”.
“Até onde se sabe, numericamente somos (as mulheres) maioria, o que não impede a politicamente correta Lei Maria da Penha de ser covardemente utilizada contra o homem nas relações conjugais – ou semelhante. E a inclusão social???? Existe conceito mais amplo??? Qualquer coisa se encaixa nesse amplo portal onde se locupletam todos os que desejam arrecadar fundos para executar esse relevante ‘trabalho social’…..”, afirmou.
A magistrada também questionou o conceito de social democracia. Ela disse “custar a crer que seres letrados sequer considerem a existência disso”. Para Marília, ou é social ou é democracia porque “socialistas veneram a ditadura”.
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