Redação Pragmatismo
Barbárie 07/Mar/2018 às 22:30 COMENTÁRIOS
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Escola apresenta novas denúncias no caso da menina de 5 anos morta pelos pais

Publicado em 07 Mar, 2018 às 22h30

Nova denúncia da escola onde estudava Emanuelly Aghata reforça provável apatia do Conselho Tutelar, que já disse não querer se posicionar oficialmente sobre o assassinato. Menina de 5 anos que foi espancada e morta já sofria nas mãos dos pais há muitos anos

Emanuelly Aghata morta Phelipe Débora
A pequena Emanuelly Aghata (esq) e os seus pais, Phelipe e Débora

A escola onde estudava Emanuelly Aghata se manifestou oficialmente sobre a morte da menina nesta quarta-feira (7).

As informações divulgadas pela instituição de ensino sugerem que o Conselho Tutelar tinha em mãos provas e mecanismos suficientes para tirar de Débora e Phelipe a guarda da filha.

Segundo a direção da Escola Infantil de Itapetininga (SP) São Paulo Apóstolo, o Conselho Tutelar da cidade foi comunicado em outubro de 2017 sobre hematomas encontrados no corpo de Emanuelly. As informações casam com o chocante depoimento da babá da criança (veja aqui).

A Secretaria de Educação confirma a informação e garante que, a partir da denúncia, um conselheiro tutelar chegou a comparecer na escola, constatar os fatos e fotografar os hematomas.

Na época, a escola comunicou o fato ao Grupo de Apoio à Adoção de Itapetininga (Gaadi), instituição que chegou a ser responsável pela menina quando a mãe perdeu a guarda em 2012 (relembre aqui).

A Secretaria disse ainda que Emanuelly Aghata passou por sessão com psicólogo à pedido da escola, mas não retornou às aulas em 2018.

O Conselho Tutelar não quer se posicionar oficialmente sobre o caso, mas conselheiros informaram que todas as denúncias envolvendo Emanuelly foram encaminhadas para o juiz da Vara da Infância e da Juventude.

O juiz Alessandro Viana Vieira de Paula, por sua vez, informou que a Vara da Infância e da Juventude de Itapetininga não recebeu qualquer relatório do Conselho Tutelar ou outro tipo de informação envolvendo agressões e maus-tratos sofridos pela criança.

“O único processo que tramitou na unidade judicial relacionado à vítima tratou de seu acolhimento institucional, caso arquivado em dezembro de 2015. Esclareço, ainda, que o Conselho Tutelar tem autonomia e independência para averiguar as denúncias recebidas, reportando-se à Vara da Infância e da Juventude quando entender necessária a intervenção da Justiça”, afirmou o magistrado.

Segundo a Promotoria de Justiça de Itapetininga, o trabalho do Conselho Tutelar é fiscalizado pelo Ministério Público, pelo Judiciário e pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, e havendo qualquer indício de irregularidades, serão abertos procedimentos para apuração.

Débora Rolim da Silva, de 24 anos, e Phelipe Douglas Alves, 25 anos, foram presos no sábado (3) por serem os únicos suspeitos de espancar e matar a pequena Emanuelly Aghata. O casal tem outros dois filhos. Uma menina de 9 anos e um menino de 4. Abaixo, relembre a cronologia do caso:

A prisão dos pais após a suspeita de médicos do SAMU
O depoimento dos avós maternos sobre os espancamentos
O relato da babá que tentou salvar a vida da pequena Emanuelly
Como a mãe, Débora, abandonou a filha após o parto e perdeu sua guarda em 2012

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