Universitária que matou um gari e feriu outro estaria grávida e vivendo uma rotina normal na Europa. A Justiça de São Paulo decretou a prisão da jovem após ela não comparecer a uma audiência e diz desconhecer seu paradeiro
A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva de Hivena Queiroz Del Pintor Vieira, de 27 anos, por ela não ter comparecido a uma audiência realizada nesta terça-feira (6).
Hivena, que é estudante universitária, atropelou dois garis na cidade de São Paulo no dia 16 de agosto de 2015. Um deles morreu e o outro ficou ferido. A jovem não prestou socorro e fugiu.
Embora o Ministério Público e a Justiça de São Paulo afirmem desconhecer o paradeiro de Hivena, internautas indicaram onde a acusada poderia estar após uma simples pesquisa virtual.
Mesmo com uma morte nas costas, a estudante estaria na Europa, grávida e vivendo uma rotina normal. As informações foram colhidas de seu Instagram pessoal (a conta foi desativada após a repercussão).
Em um diálogo capturado nesta semana, uma tia de Hivena a parabeniza pelo ‘bebê’ e diz que está com saudades. Ao que ela responde: “Obrigada, amém! Saudades também”.
Pedido de prisão
O Ministério Público pediu a prisão da estudante, acatada pela juíza Sonia Nazaré Fernandes Fraga.
Segundo a promotoria, “a acusada tinha plena ciência da investigação em andamento, estava representada por advogados que também acompanharam toda a investigação e não manteve qualquer informação atualizada sobre seu endereço no presente feito, o que inviabiliza a sua citação pessoal até o momento”.
O MP declarou ainda que os advogados foram intimados e nada informaram sobre o paradeiro de Hívena. “Os fatos praticados são graves, tiraram a vida de um trabalhador e causaram comoção nacional, de forma que nada justifica a postura omissa da acusada e que está a impedir a aplicação da lei penal; desta forma, presentes os requisitos legais, requer-se desde logo a decretação da sua prisão preventiva, em especial para garantir a aplicação da lei penal”.
A juíza concordou e ressaltou a repercussão social acerca da gravidade do fato que ganhou o noticiário de todo o país. Afinal, Hivena teria fugiu sem prestar socorro. Foi por meio de uma denúncia anônima sobre o carro que aparecia nas imagens, que a polícia chegou até ela.
À época, Hivena teria dito que sofreu uma tentativa de assalto depois de sair de uma festa. Ao fugir, teria atropelado “algo” ou “alguém”.
Entenda o caso
Hivena Queiroz Del Pintor Vieira, de 27 anos, é ré no processo pelo qual respondia em liberdade pelo crime de homicídio culposo (sem intenção de matar) contra Alceu Ferras, de 61. Agora, ela passa a ser procurada pela Justiça para responder ao crime presa.
O atropelamento, ocorrido em 16 de agosto daquele ano, na Avenida São João, teve repercussão à época porque a motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. Câmeras de segurança gravaram o carro dela com o para-brisa dianteiro danificado entrando numa rua próxima na contramão. A jovem voltava de uma festa na casa de uma amiga em Higienópolis.
Alceu trabalhava na limpeza da calçada quando foi atingido pelo veículo, que subiu a guia. Hivena só se apresentou à polícia quase uma semana após o atropelamento, acompanhada de seu pai e de um advogado.
Hivena disse ainda que não parou para ver o que era porque ficou com medo dos criminosos armados. Após ser indiciada, ela deixou o distrito policial pela porta da frente.
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