Ibope divulga ranking dos partidos preferidos pelo eleitorado. Pesquisa também revelou que maioria do eleitorado está pessimista ou apreensiva com as eleições deste ano. E mais preocupada com transformações sociais
O PT, vitorioso nas últimas quatro eleições presidenciais, é apontado como o partido preferido de 19% da população e lidera, com folga, pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça (13). Em segundo nas preferências, está o MDB, do presidente Michel Temer, com 7%, seguido pelo PSDB, que conta com a simpatia de 6% do eleitorado. Na quarta colocação, aparece o Psol, com 2%. Outros 11 partidos – DEM, PCdoB, PDT, PR, PPS, PSB, PSC, PSD, PTB, PV e Novo – registraram apenas 1% de apoio.
As demais agremiações partidárias, juntas, somaram 3%. A maior parcela (48%) afirmou não ter preferência por nenhum partido, e 5% não responderam. Em relação às eleições de outubro, 44% dizem estar pessimistas, 20% estão otimistas, 23%, impassíveis e 13% não sabem o que esperar ou não responderam.
A pesquisa, intitulada Retratos da Sociedade Brasileira, que procurou identificar perspectivas para as eleições presidenciais deste ano, revela também que a escolha de deputados e senadores alinhados politicamente com candidato do Executivo tende a fazer mais sentido para os eleitores com menor grau de instrução.
O levantamento também aponta que 44% esperam por mudanças sociais, no próximo mandato, enquanto 32% defendem o combate à corrupção como prioridade. Questões como desemprego e inflação aparecem em terceiro lugar nas preocupações dos eleitores.
As mulheres (50%) estão mais preocupadas com as transformações sociais, com melhoria nas áreas de saúde, educação, desigualdade social e segurança, do que os homens (39%). Já eles estão mais atentos do que elas na punição aos corruptos (38% contra 27%).
Os mais jovens também são os mais preocupados com melhorias nas condições sociais da população, enquanto os mais velhos tendem a estarem mais atentos ao tema da moralização da política. A estabilidade econômica aparece como prioridade entre a população mais instruída, enquanto aqueles com menor grau de instrução citaram a corrupção.
O levantamento também registrou que, quanto menor o nível de escolaridade, maior a tendência para votar em um candidato rotulado como “não político“, enquanto os eleitores com nível superior tendem a discordar dessa ideia.
Por outro lado, os eleitores em sua maioria (62%) consideram muito importante que o candidato à Presidência tenha experiência/trajetória na política, e 72% também afirmam considerar como relevante passagens anteriores por outros postos, como prefeito ou governador.
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