Operação deflagrada nesta sexta-feira (23) prende assessor de deputado, militares ativos do Exército e um da reserva da Aeronáutica. Estão sendo cumpridos 22 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão
A Polícia Civil de Brasília deflagrou nesta sexta-feira (23) a Operação Shooter (atirador, em inglês), que contou com o apoio de 180 policiais e um helicóptero. Estão sendo cumpridos 22 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão.
Dois militares da ativa e dois da reserva do Exército, além de um militar da reserva da Aeronáutica, e colecionadores de armas são alvo da operação.
O grupo era investigado por associação criminosa dedicada ao comércio ilegal de armas de fogo e munições. Com os presos, a polícia encontrou várias armas, entre elas, pistola calibre .40, .380 e 9 mm, fuzil 7,62 e munição pesada.
Os pedidos de prisão foram expedidos pela pela 4ª Vara Criminal de Brasília e são temporários, ou seja, valem por cinco dias prorrogáveis.
Segundo a Polícia Civil do DF, o chefe do grupo é Mauro de Souza Ferreira, que serviu ao Exército. Silva foi preso no Novo Gama, Entorno do DF, com uma pistola .380.
Ainda de acordo com os policiais, ele tem uma loja de móveis na Feira da Torre de TV, na região central de Brasília, e usava o local para esconder armas.
O assessor parlamentar Robson Pereira da Rocha Silva, que trabalha com o deputado federal José Otávio Romano (PP-RS), também foi preso durante a operação. Segundo a polícia, ele também estava com uma pistola calibre 380.
Robson Pereira da Rocha Silva foi nomeado para exercer o cargo no gabinete do parlamentar em 26 de junho de 2015, segundo consta no Diário Oficial da União.
As investigações começaram há cerca de quatro meses, quando policiais da Coordenação de Combate ao Crime Organizado trabalhavam em outra operação que também envolvia facções.
Na ocasião, eles perceberam a movimentação de um grupo para venda de armas de uso restrito e de uso permitido – estas, pistolas 9 mm e espingardas calibre .12, estavam com numeração raspada.
com Correio Braziliense
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