Morre Linda Brown aos 76 anos, a americana negra que quando criança motivou o julgamento que proibiu a segregação racial nas escolas de seu paí
Linda Brown, uma americana negra que quando criança motivou o julgamento que proibiu a segregação racial nas escolas de seu país, morreu aos 76 anos, informou nesta segunda-feira o jornal Topeka Capital-Journal.
Em 1951, Oliver Brown, que vivia na cidade de Topeka, no Kansas, tentou matricular sua filha de nove anos em uma escola próxima à casa da família, reservada para os brancos. A matrícula da pequena Linda foi negada pela cor de sua pele, e ela foi obrigada a frequentar uma escola para negros, que ficava muito mais longe de sua casa.
Nessa época, a maioria dos estados do sul dos Estados Unidos tinha a possibilidade de separar os estudantes por motivos raciais.
O pai de Linda questionou, em uma ação judicial coletiva, a lei do Kansas que permitia às cidades com mais de 15.000 habitantes estabelecer escolas separadas. Este longo julgamento foi apoiado e promovido pela NAACP, uma organização fundada em 1909 para defender os direitos dos negros.
O processo judicial terminou com uma das vitórias mais emblemáticas da NAACP e que representou um marco do movimento pelos direitos civis: em 17 de maio de 1954, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu por unanimidade que a segregação escolar era contrária à Constituição.
Este caso histórico é conhecido como “Brown vs. Board of Education” (Brown contra a Junta de Educação de Topeka).
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