Tragédia

Jornal divulga a última mensagem de submarino argentino desaparecido

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Imprensa local divulga a última mensagem cifrada do submarino argentino que desapareceu com 44 tripulantes. Contato foi feito pelo tenente da embarcação, Fernando Villarreal

Uma matéria divulgada pelo jornal argentino ‘Clarín’ revelou, neste domingo (11), qual teria sido a última mensagem cifrada do submarino ARA San Juan, desaparecido no ano passado.

A última mensagem foi enviada pelo tenente Fernando Villarreal à Central de Comunicações de Submarinos. No contato, ele afirma que os 44 tripulantes estavam “cansados” após terem enfrentado uma tempestade com ondas de até 6 metros na superfície do mar.

Por conta disso, ainda segundo a mensagem, o comandante da embarcação ordenou que baixassem a 40 metros de profundidade para tentar reparar uma parte das baterias e repousar.

A mensagem foi enviada às 7h19 do dia 15 de novembro de 2017, dia em que o submarino San Juan deixou de ser detectado pelos radares.

Fernando Villarreal esclareceu ainda que no momento estavam “em plano de periscópio” (a 18 metros de profundidade) e navegavam com propulsão dividida, pois haviam desconectado as baterias da proa por “curto-circuito e princípio de incêndio.”

Nesta mensagem, ele avisou que iam em direção a Mar del Plata a 5 nós de velocidade (cerca de 9 km/h).

A explosão que provocou a tragédia foi detectada às 10h31 (hora local) do mesmo dia. As buscas pela embarcação foram suspensas quinze dias depois, em 1º de dezembro, quando já não havia esperanças de encontrar a tripulação com vida.

No entanto, familiares ainda tentam arrecadar fundos para seguirem tentando encontrar os corpos de seus entes.

Versão dos EUA

Em dezembro do ano passado, um especialista naval dos Estados Unidos declarou que o ARA San Juan sofreu uma implosão repentina e seus tripulantes morreram de modo instantâneo, sem sofrimento.

De acordo com um relatório da Agência de Inteligência Naval dos EUA, uma explosão ocorreu a 400 metros de profundidade, com uma potência aproximadamente igual a 6 toneladas de TNT.

“A fuselagem [do submarino] foi totalmente destruída em 40 milissegundos [0,4 segundos]”, diz-se no documento.

Este período é metade do tempo mínimo necessário para ter consciência dos acontecimentos, por isso os marinheiros morreram instantaneamente e sem sofrimento, frisam os funcionários da inteligência estadunidense.

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