"Querem matá-lo!". Ônibus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvejado com arma de fogo no Paraná (PR). Na emboscada, foram utilizados ganchos de metal pontiagudos, conhecidos popularmente como "miguelitos", para furar pneus do veículo
Um dos ônibus da Caravana Lula pelo Brasil foi alvejado com arma de fogo no caminho entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no estado do Paraná. Não houve feridos. Segundo a Folha de S.Paulo, foram 4 tiros que atingiram o veículo.
O ex-presidente já realizou ato público no campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) na cidade de Laranjeiras. A Polícia Militar foi acionada para realizar perícia sobre as marcas de tiro.
No mesmo trajeto, pregos foram colocados na estrada para furar os pneus dos ônibus. Um dos veículo teve um pneu afetado por um dos artefatos, conhecido como “miguelitos”.
Pela manhã, parte da caravana visitou assentamentos em Quedas do Iguaçu, que recebeu ato com o ex-presidente na parte da tarde. O penúltimo dia de atividades no Paraná tem encerramento agora à noite na universidade. Amanhã, a caravana encerra sua passagem pelo região Sul com ato público às 17h, na Boca Maldita, em Curitiba.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que foram dois tiros: um na lataria, e outro no vidro. “Querem matar o ex-presidente Lula”, disse.
Em comício em Laranjeiras do Sul, a senadora reiterou que a “caravana é da paz, é democrática”, ao lembrar que quando terminou o seu segundo mandato, Lula tinha 87% de aprovação da população e não precisaria se deslocar pelo país se não tivesse uma ligação forte com o povo.
“Na frente nas pesquisas, ele poderia ficar em casa e ganhar a eleição, mas se fosse assim não seria o Lula”. E continuou: “É por isso que ele vem aqui, mesmo contra milícias, mesmo enfrentando esse processo injusto, ele vem aqui porque tem compromisso com a luta popular neste país.”
Dossiê de crimes de agressão
Nesta quarta (28), o coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia entregará ao Ministério Público do Paraná uma notícia-crime elaborada com material triado pelo a partir dos e-mails com denúncias enviadas ao Coletivo.
Trata-se de vídeos com cenas de apedrejamento, fogo e obstrução nas estradas para impedir a passagem da caravana, fotos de postagens com ameaças de morte a Lula, crimes de lesões corporais contra militantes, cerceamento do direito de ir e vir de Lula e de militantes, injúrias e postagens criminosas em grupos de WhatsApp. Será requerida ao MP a identificação dos sujeitos através dos seus números de telefones, ali informado.
O ato de entrega da nossa representação criminal será às 10h ao coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, Olympio Sotto Mayor Neto.
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