Justiça manda Youtube tirar do ar 16 vídeos que hostilizam, ridicularizam e caluniam Marielle Franco, vereadora brutalmente assassinada com quatro tiros na cabeça
A justiça determinou que o Youtube remova do ar 16 vídeos que hostilizam, ridicularizam e caluniam Marielle Franco, vereadora brutalmente assassinada com quatro tiros na cabeça no Rio de Janeiro na última semana.
A decisão é da juíza Marcia Correia Hollanda, da 47ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, e o prazo para a remoção é de até 72 horas. A magistrada considerou os materiais ofensivos à honra e à memória de Marielle.
“Tais vídeos e áudios fizeram referência direta à Marielle, apontando-a como vinculada a facções criminosas e tráfico ou imputações maliciosas sobre as suas bandeiras políticas, como o aborto, fatos que podem caracterizar violação à honra e à imagem da falecida, e que, certamente, causam desconforto e angústia a seus familiares”, declarou Marcia Correia Hollanda, na decisão.
A juíza ressaltou ainda que “nenhum dos divulgadores apresentou prova concreta sobre o declarado”.
“Ao contrário, foram meras suposições e opiniões, sem lastro probatório identificado e que se continuarem a ser propagadas poderão atingir de forma irrecuperável a dignidade da falecida Marielle, com repercussões danosas a seus familiares”, alegou.
Caso os vídeos não sejam retirados, o Google, dono do Youtube, terá de pagar multa diária de R$ 1 mil. A ação foi movida pelas advogadas Evelyn Melo Silva, Juliana Durães de Oliveira Lintz e Samara Mariana de Castro, a pedido da irmã da Marielle, Anielle Silva dos Reis Barboza, e da companheira da vereadora, Mônica Tereza Azeredo Benício.
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