Câmeras foram desligadas na véspera da execução de Marielle Franco, revela jornal. Um dos equipamentos fica bem diante do ponto onde aconteceram os disparos contra o carro da vereadora
O assassinato de Marielle Franco (PSOL) continua sem solução e a cada dia que passa fica claro que há gente muito poderosa por trás da execução da vereadora.
Nesta quinta-feira (3), o jornal carioca ‘Extra’ revelou que cinco câmeras da Secretaria de Segurança que estavam no trajeto da vereadora foram desligadas no período entre 24 e 48 horas antes do assassinato.
Um dos equipamentos de monitoramento poderia ajudar nas investigações do crime. A câmera da estação do metrô do Estácio grava em 360 graus. E fica bem diante do ponto onde aconteceram os disparos contra o carro da vereadora.
Marielle e Anderson, motorista do veículo, morreram há exatos 50 dias. Até agora, nem o atirador nem os mandantes do crime foram apontados pelas investigações.
No início do mês de abril, o jornal O Globo revelou que duas testemunhas importantes que presenciaram a execução da vereadora não foram ouvidas pela polícia.
Policiais civis e federais que investigam a morte de Marielle e de Anderson conseguiram colher digitais parciais do assassino ou da pessoa responsável por municiar a pistola 9mm usada no crime. Elas foram encontradas em cápsulas achadas por peritos na esquina das ruas João Paulo I e Joaquim Palhares, no Estácio, onde aconteceu o ataque.
5 projetos aprovados
A Câmara de Vereadores do Rio aprovou nesta quarta-feira (2), em sessão extraordinária, cinco projetos de lei da vereadora Marielle. Confira os projetos aprovados:
Espaço Coruja (PL 17/2017)
Institui o Espaço Coruja, programa de acolhimento às crianças no período da noite, enquanto seus responsáveis trabalham ou estudam. É também essencial para conquistar igualdade entre homens e mulheres, permitindo que mães com dupla jornada continuem seus estudos ou permaneçam em seus empregos.
Dia de Thereza de Benguela no Dia da Mulher Negra (PL 103/2017)
Inclui no calendário oficial da cidade o Dia de Thereza de Benguela como celebração adicional ao Dia da Mulher Negra, em homenagem à líder quilombola Thereza de Benguela, símbolo de força e resistência.
Assédio não é passageiro (PL 417/2017)
Cria a Campanha Permanente de Conscientização e Enfrentamento ao Assédio e Violência Sexual no município do Rio de Janeiro, nos equipamentos, espaços públicos e transportes coletivos.
Efetivação das Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (PL 515/2017)
Prevê que o Município se responsabilize por suas obrigações legais, garantindo que as medidas socioeducativas do Judiciário sejam cumpridas pelos adolescentes em meio aberto e, eventualmente, dando-lhes oportunidades de ingresso no mercado de trabalho.
Dossiê Mulher Carioca (PL 555/2017)
Cria o Dossiê Mulher Carioca, para auxiliar a formulação de políticas públicas voltadas para mulheres através da compilação de dados da Saúde, Assistência Social e Direitos Humanos do Município do Rio de Janeiro.
Tribuna com nome de Marielle
Além das propostas, também foi aprovado um projeto de resolução que dá o nome de Marielle Franco à tribuna onde os vereadores discursam.
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook