Primeiro tucano condenado pela Justiça, ex-governador Eduardo Azeredo é considerado foragido. Polícia desconhece o paradeiro de Azeredo, que é ex-presidente nacional do PSDB e foi condenado a 20 anos de prisão. Processo contra ele se arrastava há 11 anos
O que parecia impossível virou realidade nesta terça-feira (22). Um integrante da alta cúpula do PSDB finalmente foi condenado pela Justiça. Trata-se de Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do partido.
De acordo com a Polícia Civil, um mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta contra o tucano após desembargadores rejeitarem recurso de sua defesa. Ele não foi encontrado. Autoridades informaram que, oficialmente, Eduardo Azeredo é considerado um foragido da Justiça.
Nesta manhã, policiais estavam em frente ao prédio onde mora o ex-governador, no bairro Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O ex-governador foi condenado em segunda instância a 20 anos e um mês de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, no mensalão tucano, em agosto passado. A condenação em primeira instância foi em 2015.
O mandado de prisão foi expedido ainda nesta terça-feira (22), mas o processamento terminou depois das 18h. Pela lei, nenhum mandado de prisão pode ser cumprido em uma residência entre as 18h e às 6h.
Desde a expedição do mandado, Azeredo poderia ter se entregado em qualquer delegacia do estado.
Desespero
Para o advogado de Azeredo em Brasília, Carlos Velloso, a não apresentação de Azeredo seria resultado do “desespero”. “Isso não faz parte da estratégia de defesa. Acho que é uma situação de desespero. A defesa não pensa nesse tipo de estratégia”, afirmou Velloso. O advogado é um dos que defende Azeredo junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A defesa do ex-governador ainda aguarda uma decisão da Corte em relação a um habeas corpus que pede que Azeredo não seja preso até que a presidência do TJMG possa apreciar dois outros recursos.
O processo contra Azeredo se arrasta na Justiça há 11 anos. Ele foi denunciado pela primeira vez em 2007, pela PGR (Procuradoria-Geral da República), quando ainda era senador e tinha foro privilegiado.
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