Fotos e vídeos feitos no momento do desabamento mostram o tamanho do incêndio em São Paulo. Os bombeiros disseram “não confirmar o número de vítimas”
Um incêndio de grandes proporções fez um prédio de 24 andares desabar na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira.
Os bombeiros disseram “não confirmar o número de vítimas”. Ao menos quatro pessoas estão desaparecidas, entre elas um homem que era resgatado no momento do desabamento do prédio. O local estava ocupado de maneira irregular por dezenas de famílias desabrigadas.
As chamas começaram por volta das 1h30 e o fogo se espalhou rapidamente pelo resto dos andares. Além do prédio, que já foi sede da Polícia Federal, outros edifícios foram afetados pelas chamas, como a Igreja Martin Luther, inaugurada em 1908.
Fotos e vídeos feitos no momento do desabamento mostram o tamanho da tragédia:
Tragédia prevista
O governador de São Paulo, Márcio França, afirmou que o desabamento do edifício era uma tragédia “prevista” devido às más condições, mas ressaltou a batalha “judicial” existente para tentar retirar as pessoas que vivem nesse tipo de prédios.
“Esse tipo de imóvel é inabitável. Ficar aqui é buscar um problema cada vez maior. Graças a Deus, hoje conseguimos chegar a tempo, mas nem sempre vai acontecer isso”, ressaltou França desde o local do incêndio. Ele lembrou que São Paulo conta com mais de 150 edifícios ocupados, pelo menos dez no centro da capital paulista.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que o trabalho de remoção dos escombros vai levar pelo menos uma semana. Segundo ele, o prédio pertencia à União e 150 famílias já estavam cadastradas junto à Secretaria da Habitação. 25% eram estrangeiros.
Covas também afirmou que não cabe à Prefeitura retirar as pessoas do local. O pedido de reintegração de posse tem que ser feito pelo dono do prédio.
Neste momento, segundo Covas, 71 famílias já foram atendidas pela Secretaria de Assistência Social e 191 pessoas já foram encaminhadas para abrigos. Elas vão receber água e alimentação.
De acordo com a prefeitura, 8 prédios do entorno têm ocupações. Segundo o prefeito, em toda a cidade de São Paulo há pelo menos uma centena de prédios invadidos. Ele reforçou que a Prefeitura tenta desestimular as ocupações irregulares.
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