"É uma injustiça o que estão falando de mim...". Doutor Bumbum grava vídeo para se defender antes de ser encontrado pela polícia em um centro empresarial na Barra da Tijuca. O médico falou que chegou a ser alvo de tiros de fuzil
O médico Denis Furtado, 45, conhecido como ‘Doutor Bumbum’, foi preso na tarde desta quinta-feira (19) em um centro empresarial na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A mãe do médico, Maria de Fátima Furtado, também foi detida pela polícia.
Segundo a delegada Adriana Belém, da 16ª DP, os dois estavam no escritório de um advogado, com quem ela negociava a rendição.
Doutor Bumbum é acusado pela morte da bancária Lilian Calixto após um tratamento estético nos glúteos. Antes de ser preso, o médico divulgou uma série de vídeos em que se diz injustiçado.
Nos vídeos, o médico veste o mesmo blazer preto que usava no momento em que foi encontrado pela polícia em um centro comercial da Barra da Tijuca, onde se localiza o escritório de seu advogado.
Ele diz que a causa da morte da paciente ainda é um “mistério” e afirma ter realizado o procedimento estético em um consultório. O procedimento foi realizado em sua cobertura, na Barra da Tijuca.
Às 18h, Doutor Bumbum concedeu uma entrevista coletiva e voltou a se defender. “O procedimento foi correto, ele foi lícito (…) Tenho certeza de que a minha atuação como médico foi correta”, explicou. “Eu me considero inocente. Aconteceu uma intercorrência com a paciente. Ela se levantou da maca por volta das 19h e veio a óbito às 2h.”
Denis disse que fugiu da abordagem policial porque achou que seria atacado e que foi alvo de tiros de fuzil.
“Fui abordado por um carro cinza e, na hora que ele me fechou, saiu um homem com um fuzil e eu saí fugido. Ele disparou, houve um disparo. Saí correndo, houve uma perseguição policial pelas ruas da Barra… Como se fosse da polícia. Hoje em dia disseram que era da polícia. Eram policiais? Achei que fosse um certo revanchismo da família, ou então bandido, assalto, sequestro (…) Deram dois tiros em mim. Não em mim, mas no carro. Eu tive que evadir”, disse.
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O médico e a sua mãe foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa e tiveram as prisões provisórias decretadas. Se for condenado, o médico poderá pegar até 36 anos de prisão.
VÍDEO:
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