Corajoso nas redes sociais, onde gostava de se exibir, 'Doutor Bumbum' está com síndrome do pânico e vai se entregar, revela advogada. A data e o local ainda não foram informados
Muito corajoso e popular nas redes sociais, onde acumula quase 1 milhão de seguidores, o médico Denis Furtado, conhecido como ‘Doutor Bumbum’, estaria com síndrome do pânico.
As informações são da sua advogada, Naiara Baldanza, que afirma que ele irá se entregar nos próximos dias.
Naiara afirma que o médico não é responsável pela morte da bancária Lilian Calixto.
“Nenhuma complicação foi observada durante o procedimento. Ela passou mal depois e entrou em contato com o dr. Denis, que a acompanhou até o hospital. Ele me disse que pediu para acompanhar de perto todos os procedimentos de saúde, mas não foi autorizado pelo hospital”.
Questionada sobre os inquéritos abertos contra Furtado, a advogada preferiu se abster de comentar. Sobre os atendimentos fora do ambiente hospitalar, Naiara Baldanza também não disse nada. De acordo com a polícia, clientes e ex-funcionários, o médico fazia os procedimentos em casas e até mesmo em quartos de hotéis.
Segundo a advogada alegou, Denis Furtado era o médico que mais realizava bioplastias no Brasil e tem clientes satisfeitas em todo o país.
O médico e a mãe são considerados foragidos da polícia, pois estão com prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, local em que Lilian Calixto morreu.
Clínica clandestina
Em fotos e vídeos publicados nas redes sociais, Denis “vende” experiência e uma trajetória de sucesso. A verdade, porém, é que o médico trabalhava em locais irregulares e muitos pacientes reclamam dos seus procedimentos.
Em Brasília, o Doutor Bumbum transformou uma residência no Lago Sul, bairro nobre, em clínica clandestina para realizar os procedimentos estéticos.
A dona, Flávia Coutinho, só descobriu a irregularidade depois de operação coordenada pela 10ª Delegacia de Polícia. Na ocasião, três armas foram apreendidas com o médico. O homem ainda deixou uma dívida de R$ 50 mil com a proprietária do imóvel.
Denis cobrava até R$ 20 mil pelos procedimentos. “Os valores nunca iam para a conta dele, mas sim de terceiros. Não emitia nota fiscal para os pacientes e vendia os produtos na própria clínica, não deixando que eles os comprassem em outros estabelecimentos”, contou a enfermeira Wanessa Ribeiro Reis, 26 anos. Ela trabalhou com o médico por quatro meses.
“Os pacientes eram ludibriados. Ele vendia uma quantidade maior do produto, mas, na hora do atendimento, colocava uma menor. Ou então vendia o material e simplesmente desaparecia antes de realizar a aplicação”, acusou.
Titular da 16ª DP no Rio de Janeiro, a delegada Adriana Belém informou que o médico tem oito passagens criminais, uma delas por homicídio em 1997, além de porte ilegal de arma, crime contra administração pública, exercício arbitrário das próprias razões, ameaça, duas por resistência à prisão e violação de domicílio.
**SAIBA MAIS**
— As últimas horas da bancária que morreu nas mãos do Doutor Bumbum
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