ITA adere ao sistema de cotas para estudantes negros pela primeira vez na história. Atualmente, a maioria dos alunos da instituição de ensino é formada por homens brancos
Pela primeira vez na história, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) vai ter cota racial no vestibular. Serão destinadas 22 das 110 vagas para estudantes negros.
As incrições para o processo seletivo, um dos mais concorridos do país, começam no dia 1º de agosto.
O ITA é uma instituição de ensino superior pública ligada à Força Aérea Brasileira. A instituição foi criada em 1950 e é vinculada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
A adoção do sistema de cotas reflete uma decisão do STF, de abril, que decidiu que a lei de cotas também deve ser aplicada em concursos das Forças Armadas.
As demais instituições de ensino do país, ligadas ao Ministério da Educação (MEC), já adotavam o modelo.
De acordo com o ITA, 20% das 110 vagas nos seis cursos de engenharia serão para alunos cotistas. No ano passado, 11,3 mil candidatos disputaram as vagas no vestibular. Os selecionados podem optar entre carreira militar ou civil.
A favor das cotas
A primeira professora negra do ITA, Sônia Guimarães, é a favor das cotas e considera a mudança uma vitória.
“Nunca acreditei que isso fosse possível, vocês não fazem idéia da minha felicidade. Não vejo a hora dos cotistas chegarem. Na sala de aula é muito difícil vermos negros. Essa medida vai mudar a vida de muita gente”, analisou.
O ITA não tem atualmente contabilizado o número de estudantes negros na instituição. A maioria dos alunos são homens e brancos.
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