Polícia Militar

Mãe de menino assassinado por PM porque “fazia barulho” pede Justiça

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Ryan Teixeira do Nascimento, de 16 anos, foi assassinado porque "fazia barulho" enquanto brincava no telhado. Pai diz que, se pudesse, faria justiça pelo filho. Quem vai pagar pela morte do garoto?

O menino Ryan Teixeira (esq) e o policial que tirou a sua vida (dir)

O assassinato covarde e sem sentido de Ryan Teixeira do Nascimento, de 16 anos, é um dos temas mais abordados pela imprensa nesta semana.

O menino foi morto pelo PM Pedro Henrique Machado de Sá porque fazia barulho enquanto brincava com outros dois adolescentes em cima de um telhado de um posto de saúde que fica em frente à casa do policial. O crime aconteceu em Magalhães Bastos (RJ).

Incomodado com o barulho, o policial Pedro Sá, que estava de folga, disparou em direção aos garotos. Ryan morreu no local. Com o policial foi apreendida uma pistola e dois carregadores; ele foi preso em flagrante por homicídio.

De acordo com a Polícia Civil, “o preso atirou contra as vítimas e outros dois adolescentes por motivo fútil ao se aborrecer com o barulho feito por eles”. O PM confessou à polícia que atirou porque estava incomodado com a “algazarra” dos jovens.

A morte de Ryan por um motivo tão banal gerou revolta nos moradores e nas redes sociais.

Indignadas, porém amedrontadas, algumas testemunhas falaram com a imprensa sob a condição de anonimato. “Foi gratuito. Não pode uma pessoa que anda por aí armada, supostamente fazendo a segurança dos cidadãos, perder o controle desse jeito por causa de barulho”, desabafou um morador.

Desabafo da mãe

“Um homem que atira em um menino só porque ele estava fazendo barulho não é um ser humano, é um animal e tem que ficar atrás das grades. Eu quero justiça”, afirmou nesta quinta-feira (19) a copeira Élida Cristina, 33, no funeral de seu filho.

“A justiça divina eu tenho certeza que já está sendo feita, agora eu quero ver se a justiça dos homens também vai ser feita”, disse Élida.

Pai diz que ‘faria justiça’

“Se eu pudesse fazer justiça, eu faria, mas aí eu estaria do mesmo lado que ele”, declarou Alberto da Silva do Nascimento, pai de Ryan.

Ele sequer reclamou que os meninos estavam fazendo barulho. Simplesmente saiu e disparou em cima deles, afirmou Alberto.

Um pouco antes de morrer, Ryan e os amigos de infância haviam participado do treino de futebol de um projeto comunitário do bairro e, como de costume, haviam subido no telhado que era usado como área de lazer da garotada.

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