É preciso vender o Brasil antes que acabe!
O Governo Michel Temer e seus apoiadores têm pressa. Na terra, mar e ar, vender o Brasil, e rápido, antes que acabe
Ontem à noite, o lixo majoritário na Câmara dos Deputados aprovou a venda de jazidas da Petrobras – nas áreas concedidas conhecidas como de “cessão onerosa”, por terem sido usadas na capitalização da estatal, em 2010 – no valor de cerca de R$ 100 bilhões, segundo estimativas dos jornais. Áreas “prontinhas”, sem risco, mapeadas sismicamente e com diversos poços exploratórios feitos com ciência, trabalho e dinheiro brasileiros, a garantir a quantidade e a qualidade do petróleo a ser extraído
Hoje de manhã, anunciou-se o que será a “nova” Embraer: 80% para a Boeing e um “tasquinho” de 20% para Embraer, além de uma sede no Brasil, para dar emprego a executivos e gerentes, enquanto a produção vai sendo espalhada pelo mundo, por onde melhor convier o preço e a capacidade da mão de obra. A “parceria” do elefante com a formiguinha, claro, vai se dar sobre os produtos concebidos e desenvolvidos aqui, como a bem sucedida linha de jatos médios E2, a aviação executiva e o imenso potencial de mercado do transporte militar KC-390.
O Governo Michel Temer e as ratazanas políticas que ele reúne têm pressa. E, convenhamos, em matéria de lesa-pátria estão se saindo como um “Governo FHC concentrado”, com um grau de traição nacional extremamente elevado, nestes dois anos e pouco de golpe.
Que, afinal, fizeram para isso.
São negócios imensos, certamente com comissões a granel, enquanto nós discutimos a diferença de preço do apartamento do Lula. Ou melhor, “atribuído” a Lula, que jamais passou um dia lá, para gozar do banheirão identificado como piscina e da churrasqueira “gourmet” cuja triste imagem todos vimos.
Não há quem grite contra isso e, ainda mais vergonhoso, não há quem o faça nas Forças Armadas, empenhadíssimas em subir as favelas cariocas e em fazer de uma caricatura que bate continência à bandeira norte-americana o presidente da República.
Não importa que estejamos dizendo adeus não só a riquezas, mas também ao nosso potencial de desenvolvimento tecnológica.
Afinal, para quem quer ser brucutu, tacape basta.
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