Eleições 2018

O que acontece se Bolsonaro virar réu no STF por racismo?

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O impacto da Lei da Ficha Limpa para Bolsonaro: na próxima terça-feira (28), Supremo Tribunal Federal julga se aceita a denúncia de racismo contra o candidato

Na próxima terça-feira (28), a primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa se aceita a denúncia contra Jair Bolsonaro (PSL) por racismo.

O candidato à Presidência da República foi denunciado pela Procuradoria Geral da República após frases ditas pelo em palestra no Clube Hebraica do Rio em 2017 (relembre aqui).

O crime de racismo se trata de conduta discriminatória dirigida a determinado grupo ou coletividade. É inafiançável e imprescritível.

A pena para quem “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” é de reclusão de 1 a 3 anos e multa.

Candidatura impugnada?

Mesmo que se torne réu no STF na próxima terça, dificilmente a candidatura de Bolsonaro será impugnada. Devido às etapas do processo é improvável que ele seja condenado antes das eleições.

Ainda que fosse condenado no âmbito penal, a Justiça Eleitoral teria de analisar sua possível inelegibilidade. As principais pesquisas eleitorais colocam Bolsonaro em 2º lugar na disputa pelo Planalto, atrás apenas do ex-presidente Lula.

Caso a candidatura de qualquer presidenciável seja barrada antes de 17 de setembro, o partido pode trocar o candidato. Se for após esse prazo, mas antes do 1º turno, em 7 de outubro, o nome constará na urna eletrônica, mas todos os votos serão considerados nulos.

Se o candidato passar para o 2º turno, mas for barrado antes dessa etapa, os votos serão anulados e o 3º colocado irá para a disputa final.

A Justiça Eleitoral também pode cassar a candidatura mesmo após o resultado final. Nesse caso, seriam convocadas novas eleições.

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