Caluniado, Guilherme Boulos consegue liminar para tirar vídeo do ar. Campanha do presidenciável do PSOL havia ingressado com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) informou nesta quarta-feira (22) que conseguiu duas liminares no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ‘youtuber’ Diego Rox.
O influenciador digital publicou um vídeo nas suas contas no Facebook e no YouTube acusando o presidenciável de ser terrorista.
André Maimoni, advogado de Boulos, comunicou que o Facebook deverá retirar a página de Diego Rox do ar em 48 horas. O mesmo prazo foi dado para que o YouTube remova o vídeo do canal dele.
No vídeo, o rapaz comenta o debate realizado pela RedeTV! na última sexta-feira (17) e afirma que Boulos “é um terrorista, invade terra de gente honesta e trava BR queimando pneus”. Além disso, diz que o PSOL, partido do candidato, “apoia um ditador genocida como Nicolás Maduro na Venezuela”.
A defesa de Boulos admitiu que não há meios para combater todas as fake news que surgem na internet. “O volume de fake news é muito grande, as acusações são muito sérias e o TSE não tem tido a agilidade necessária para responder: ou indefere ou dá um prazo de 48 horas, enquanto a dinâmica da internet é de minutos”.
Guilherme Boulos também entrou com uma ação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), no Juizado Especial Cível em Brasília (DF) e uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidenciável de esquerda pede indenização por danos morais e acusa o parlamentar por calúnia e difamação. Os dois têm uma audiência de conciliação no dia 5 de setembro.
“Canetada mais gostosa”
Ainda nesta quarta, Boulos afirmou que vetaria reajustes salariais do Supremo Tribunal Federal (STF). Os aumentos da Corte puxam também o teto do funcionalismo público.
“Eu vetaria com gosto. Seria a canetada mais gostosa da minha vida, pegar a caneta e vetar o reajuste de juiz, desembargador, promotor. Isso é uma esculhambação”, disse.
Boulos propôs também enviar ao Congresso Nacional um projeto para acabar com benefícios hoje recebidos pelo Judiciário.
“Não só vetaria o aumento do Judiciário como também vou enviar um projeto de lei para que a gente acabe com os penduricalhos: auxílio-moradia tendo casa, auxílio-terno, viagem para Miami, todos os privilégios que essa turma tem. E nós vamos democratizar o Judiciário, nenhum poder pode regular a si mesmo”.
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