Homem usa o "ciúme" para justificar assassinato da esposa grávida de dois meses. Crime aconteceu diante do outro filho do casal, um menino de três anos
Anderson Silva, de 28 anos, admitiu que asfixiou e matou a esposa Simone Silva de Souza, de 25 anos, por “ciúme”. A vítima estava grávida de 2 meses e foi assassinada na frente do outro filho, um menino de três anos. O crime ocorreu no Rio de Janeiro na última segunda-feira (6).
Em depoimento à polícia, o homem disse ainda que se arrepende de ter matado a esposa. “Ele contou que estava tomando alguns remédios de tarja preta e que acha que isso pode ter alterado um pouco a consciência dele e essa situação da gravidez, que foi o estopim para ele ter cometido esse crime bárbaro”, declarou o delegado Luís Otávio Franco, responsável pelo caso.
Depois de matar a mulher, Anderson deixou o filho de três anos na casa da avó e chegou a buscar na escola a segunda filha do casal, uma menina de 9 anos. A polícia disse que menina está na casa de parentes dele, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mas a criança ainda não foi devolvida à família de Simone.
“Provavelmente o conselho tutelar vai tomar ciência dessa situação. Uma mãe infelizmente faleceu e o pai provavelmente vai permanecer preso. O conselho titular que vai decidir com quem ficará essas crianças”, disse o delegado.
Socorrida pela família
Uma outra situação lastimável decorreu do crime contra Simone, já que ela não conseguiu ser socorrida por paramédicos ou por policiais.
Parentes afirmam que acionaram a Polícia Militar para prestar socorro à vítima, mas os policias alegam que não conseguiram chegar no local porque, no caminho, se depararam com traficantes e “houve troca de tiros”. A própria família acabou levando Simone para a Unidade de Pronto Atendimento do Complexo do Alemão (RJ), mas ela não resistiu e morreu.
A morte de Simone ocorreu na véspera do aniversário de 12 anos da lei Maria da Penha. Apesar dos avanços na legislação, os números da violência contra a mulher ainda são preocupantes. No Rio de Janeiro, a cada cinco dias uma mulher perde a vida pelo simples fato de ser mulher.
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