Relatório do MP revela que, além da violência física, Luís Felipe Manvailer chamava sua esposa por apelidos humilhantes, obrigava a mulher a fazer todos os serviços domésticos, não ajudava nas tarefas e a proibia de contratar uma diarista. Além disso, ele praticava violência patrimonial
Em denúncia oficial, o Ministério Público do Paraná aponta que Luís Felipe Manvailer praticou “todas as formas de violência possíveis” contra a sua esposa, a advogada Tatiane Spitzner.
No texto, os promotores pedem a manutenção da prisão preventiva do assassino, que está preso desde 22 de julho. O documento revela que o homem obrigava a mulher a fazer todos os serviços domésticos, não ajudava nas tarefas e a proibia de contratar uma diarista, o que caracteriza violência psicológica.
O inquérito também apurou, no que foi classificado como violência moral, que Manvailer insultava Tatiane e a chamava por apelidos humilhantes, como, por exemplo, “bosta albina”.
Luís Felipe Manvailer é ainda acusado de violência patrimonial, por impedir que a vítima usasse o dinheiro que recebia do trabalho de forma livre, como para fazer compras. Em um episódio, ele chegou a rasgar roupas de Tatiane por não gostar delas.
O agressor também foi denunciado por violência física, com agressões graves e em série, gravadas pelas câmeras de segurança, como “tapas, puxões de cabelo, empurrões, chutes, socos, golpes de artes marciais, que inclusive deixaram a vítima desacordada por aproximadamente dois minutos no dia do crime”.
Tatiane já havia tentado se divorciar do marido, mas ele não aceitava. Por conta disso, o homem chegou a passar dias sem falar com ela e revelou sentir “ódio mortal” e “nojo” dela.
Defesa pede transferência
A defesa de Luís Felipe Manvailer pediu que ele seja transferido de onde está preso em Guarapuava, na região central do Paraná, depois de uma suposta tentativa de “tirar a própria vida”.
“A defesa teve conhecimento de que Luís Felipe, profundamente abalado pelo turbilhão emocional sofrido nos últimos dias, vinha apresentando quadro de depressão profunda”, diz o pedido de transferência.
O MP-PR pediu uma avaliação psiquiátrica e psicológica dele com urgência antes da análise do pedido de transferência.
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