O estranho casal Jair Bolsonaro e Marina Silva deu uma prova de que o único plano que restou ao conservadorismo brasileiro é o da fraude
O único plano que restou ao conservadorismo brasileiro é o da fraude.
Não apenas o da fraude que significa tirar da eleição aquele que é franco favorito para vence-las, mas tirar do povo brasileiro o direito de escolher livremente, com informação sobre quem, no caso de impedimento de Lula, é o seu candidato.
Veja os resultados das pesquisas:
A 1ª pesquisa Datafolha para a eleição presidencial de 2018
A 1ª pesquisa CNT/MDA para a eleição presidencial de 2018
A 1ª pesquisa Ibope para a eleição presidencial de 2018
Ontem, o estranho casal Jair Bolsonaro e Marina Silva deram uma prova disso.
Ele, no Rio, e ela, em Recife, deram declarações protestando contra o nome de Lula – que é candidato, enquanto não se decidir o contrário – estar presente em pesquisas eleitorais.
Marina acha que manter Lula entre os nomes pesquisados “fragiliza o processo de decisão dos eleitores”.
Bolsonaro, menos teórico, fala que “o cenário com o Lula não existe. Vamos respeitar as leis. Está errado botar o Lula lá, ele está condenado em segunda instância”.
Saiba mais: Bolsonaro se revolta com inclusão do nome de Lula em pesquisas
É mais do que querer criar um cenário ilusório, a velha história de tirar o sofá da sala.
Trata-se da confissão – no caso de Bolsonaro, um pleonasmo – de seu autoritarismo: é preciso “poupar” o povo de uma escolha, apenas porque a escolha não lhes convém.
O ex-capitão age assim para se afirmar ainda mais como o “anti-Lula”, ajudado na tarefa pela falta de “punch” de Geraldo Alckmin.
Marina Silva, porém, faz-se um estrago com o ódio a Lula que lhe escorre por toda parte. Suas parquíssimas esperanças se resumem em, impedido o ex-presidente, atrair parte de seu eleitorado pelo seu já distante e esquecido passado de personagem popular.
É, porém, da natureza do escorpião brandir o ferrão peçonhento ainda que isso custe a sua própria vida.
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