Ex-esposa diz ter sofrido ameaça de morte de Jair Bolsonaro. Documento revela que Ana Cristina afirmou à embaixada brasileira que saiu do Brasil por causa do candidato
Uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (25) revela que Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, afirmou ao Itamaraty em 2011 ter sofrido uma ameaça de morte do candidato do PSL à Presidência, o que a teria levado a deixar o País.
O jornal teve acesso ao documento. A Folha havia publicado matéria no sábado (22) sobre Bolsonaro ter mobilizado o Itamaraty para descobrir o paradeiro de Ana Cristina na Noruega. Segundo o jornal, Bolsonaro havia ficado inconformado com a viagem feita à sua revelia.
Na reportagem desta terça (25), o veículo afirmou ter apurado com fontes e com o então embaixador, Carlos Henrique Cardim, que trechos originalmente cobertos por tarja preta no telegrama referiam-se à ameaça de morte.
“A senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos (em 2009) ‘por ter sido ameaçada de morte’ pelo pai do menor (Bolsonaro). Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país (Noruega)”, diz o telegrama, segundo a Folha.
O episódio se passou em julho de 2011, quando Ana Cristina, que tem a guarda de Jair Renan, de cerca de 12 anos de idade, embarcou com o menino para Oslo.
À Folha, Ana Cristina afirmou no sábado (22) que Bolsonaro não queria “nem que o menino passasse férias comigo lá”. Ela disse na ocasião que trata-se de um episódio “superado”.
“Foi uma pressão que fez. Mas é uma questão de pai, de foro íntimo, entendeu, de família mesmo. Eu achava que ele nem deveria ter feito isso, mas se ele fez… E depois acabou tudo bem, ele tirou a ação e ficou tudo bem.”
Procurada novamente pelo jornal nesta terça-feira (25), Ana Cristina se mostrou assustada e disse que “não falou com nenhum cônsul ou vice” e disse não ter nada a dizer sobre o assunto.
Leia a íntegra da matéria da Folha aqui
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