Eleições 2018

Facebook da The Economist é invadido por fãs de Bolsonaro

Share

Capa da 'Economist' sobre Bolsonaro é assunto mais comentado do Twitter. Bíblia do pensamento liberal detona o candidato da extrema-direita no Brasil. Fãs ficam furiosos

Capa da revista The Economist

A capa da edição dessa semana da revista britânica The Economist coloca o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) como uma “ameaça” para o Brasil e diz que ele seria um “presidente desastroso”.

De tradição liberal, a revista diz que o Brasil passa por um momento difícil na economia e na política, em que “muitas reformas são necessárias”, mas que Bolsonaro “não é o homem que irá promovê-las”.

O crescimento do ex-capitão se deve à descrença dos brasileiros após uma série de escândalos de corrupção envolvendo políticos, aponta a revista.

No artigo, Bolsonaro é comparado com outros líderes populistas do mundo que chegaram ao poder recentemente – Donald Trump nos Estados Unidos, Rodrigo Duterte nas Filipinas, Matteo Salvini na Itália e Manuel López Obrador, que vai governar o México a partir de dezembro – e seria uma “adição desagradável” ao clube.

“Se ele ganhar, poderia colocar em risco a própria sobrevivência da democracia no maior país da América Latina”, diz trecho da revista.

A matéria de capa da revista logo ganhou as manchetes da mídia nacional e se tornou o assunto mais comentado do Twitter.

The Economist diz ainda que Bolsonaro tem uma “preocupante admiração” pela ditadura e compara ao ditador chileno Augusto Pinochet.

“Em vez de cair por promessas vagas de um político perigoso na esperança que ele possa resolver todos seus problemas, os brasileiros deveriam perceber que a tarefa de consertar a democracia e reformar a economia fácil ou rápida”, diz a reportagem.

Invasão

Após a repercussão da matéria, os fãs de Jair Bolsonaro organizaram-se e fizeram o que sabem fazer de melhor: encheram a página da revista no Facebook com comentários de ódio.

Os chamados ‘bolsominions’ classificaram a publicação internacional de “comunista”, “fake news”, “apoiadora do Lula”, “irrelevante”, entre outras coisas.

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook