Campanha de Geraldo Alckmin entra no TSE para barrar a divulgação da próxima pesquisa Datafolha com Fernando Haddad
A coligação de Geraldo Alckmin (PSDB) protocolou, nesta quarta-feira (5), uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o instituto de pesquisas Datafolha.
O objetivo é impedir a realização e divulgação de um levantamento que testa o nome do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, vice na chapa do PT, entre os candidatos a presidente.
O argumento da coligação tucana é de que o cenário pesquisado seria “uma desinformação e uma violação aos princípios que são tutelados pela legislação de regência, referentemente às pesquisas eleitorais”.
Registrada na terça-feira e com divulgação prevista para a próxima segunda-feira (10), a pesquisa Datafolha não inclui o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve o registro de candidatura negado pelo TSE.
Na única simulação proposta ao eleitor, Haddad, provável substituto de Lula na disputa presidencial, é incluído ao lado dos outros doze candidatos.
No entendimento dos partidos que apoiam Alckmin, o instituto não poderia pesquisar esse cenário, uma vez que, formalmente, o ex-prefeito não concorre ao Planalto.
Relator do pedido no TSE, o ministro Carlos Horbach decidiu dar dois dias de prazo para o Datafolha se manifestar antes de deliberar se concede ou não uma liminar para impedir a pesquisa. O instituto integra o Grupo Folha, que publica o jornal Folha de S.Paulo.
Ao jornal, o advogado Luís Francisco Carvalho Pinto, que defende o Datafolha, classificou a medida de Alckmin como censura. “Ao impugnar a pesquisa, o candidato Geraldo Alckmin revela seu lado obscurantista. Maneja o recurso indecente da censura para trazer desinformação ao processo político”.
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