Médico se nega a atender mulheres que não votam em Bolsonaro
Ginecologista se nega a atender mulheres que não votam em Jair Bolsonaro. Denúncia foi registrada por pacientes em vídeo. No passado, o mesmo médico foi condenado por retirar, sem autorização, o útero de uma mulher desempregada
Um ginecologista de Goiânia (GO) está se recusando a atender mulheres que não declarem voto em Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República nas eleições de 2018.
As denúncias foram feitas por pacientes. Uma delas registrou em vídeo declarações da atendente do médico.
Nas imagens, a secretária do médico Cláudio Coelho de Vasconcelos adverte as pacientes que o profissional está usando boné e camiseta do candidato. Ela também usa uma roupa de apoio a Bolsonaro.
Segundo a denúncia, o ginecologista pediu para sua secretária avisar aos pacientes que quem não vota no presidenciável não deve entrar na sala, porque o médico estaria “estressado” e já tinha, inclusive, expulsado pessoas por esse motivo.
Até agora, o Hospital Vittá, onde o profissional atende, ainda não se manifestou oficialmente sobre o incidente, mas confirmou que o médico em questão é mesmo Cláudio Coelho de Vasconcelos.
Em 2009, o jornal Extra noticiou que Cláudio Coelho de Vasconcelos foi denunciado por retirar “por engano” o útero de uma mulher de 47 anos, desempregada, no Hospital Santa Lúcia.
A vítima tinha sido internada para uma operação de períneo, procedimento indicado para o tratamento de incontinência urinária.
Na denúncia, a paciente diz que o erro médico foi percebido por sua irmã, que trabalha como técnica em enfermagem, logo após a operação. O médico foi chamado e teria admitido que houve troca do prontuário.
Na época, o ginecologista foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal leve. O Conselho Regional de Medicina de Goiânia (Cremego) informou que poderia cassar o registro do profissional, mas nada aconteceu.
Cláudio Coelho de Vasconcelos acabou condenado a doar cinco cestas básicas para uma instituição de caridade em Goiânia.
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VÍDEO: