Agência diz que não tem controle sobre empresários "anti-PT" no WhatsApp
Portal UOL aprofunda o escândalo revelado pela Folha nesta quinta-feira, sobre empresários anti-PT terem investido milhões, de maneira ilícita, em serviços de disparo em massa de mensagens no WhatsApp, favorecendo a campanha de Jair Bolsonaro
O UOL aprofundou o escândalo revelado pela Folha na quinta (18), sobre empresas anti-PT terem investido milhões em serviços de disparo em massa de mensagens no WhatsApp, favorecendo a campanha de Jair Bolsonaro.
Segundo o portal de notícias, uma das agências citadas na matéria da Folha admitiu que não tem nenhum controle sobre quem são os empresários que utilizam o disparo em massa. Além disso, ele também não sabe se o conteúdo das mensagens disseminadas na rede social contra o PT é falso.
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Ao UOL, Lindolfo Antonio Alves Neto, diretor da Yacows, disse que é “humanamente” impossível ter controle sobre todas as operações feitas na plataforma.
Para utilizar os serviços da Yacows de disparo em massa, o usuário só precisa se cadastrar no site da empresa, comprar créditos, indicais os números dos telefones que serão alvos e informar o conteúdo divulgado.
A empresa cobra entre R$ 0,08 e R$ 0,30 por “pacote de disparos de mensagens.”
Ele disse à reportagem que nunca foi procurado diretamente por empresas anti-PT com interesse em disparar mensagens de ordem política. Mas admitiu que não há fiscalização. As empresas poderiam apenas ter se cadastrado e disseminado fake news sem que ele soubesse. Não há meios de impedir que alguém possa “ludibriar” o sistema, comentou.
“Se alguma agência ligada à campanha dele se cadastrou aqui, não tem como eu saber. Não dá para ficar checando as ligações de cada empresa“, afirmou.
A reportagem da Folha citou outras agências que fornecem esse tipo de serviço.
Bolsonaro, por sua vez, admitiu que sabe que o financiamento empresarial é ilegal, mas argumentou que não pode controlar seus “apoiadores“.
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