Por declarar voto em Bolsonaro, Ronaldinho Gaúcho perde espaço no Barcelona. Clube catalão tem histórico de luta e resistência contra a ditadura
O apoio do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho ao candidato a Presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, teve um impacto negativo dentro do FC Barcelona, segundo o jornal catalão Sport.
Atuando como embaixador do clube, o ex-camisa 10, que viaja pelo mundo participando de eventos como embaixador do clube, será afastado aos poucos de sua função, até que se esgote a atual agenda.
A publicação do jornal explica que os valores expostos pelo candidato do PSL são incompatíveis com os ideias do Barcelona.
“A homofobia, a misoginia e o racismo que Jair Bolsonaro proclamou ao longo dos seus mais de 30 anos de carreira política e que exaltou durante a campanha eleitoral são inaceitáveis do ponto de vista do Barça, uma vez que o Barça é um dos clubes que se posicionaram mais internacionalmente do lado oposto ao de Bolsonaro”, diz a nota.
Outro que é pago para representar o clube catalão e que também será afastado pelas mesmas razões é o ex-jogador e pentacampeão mundial Rivaldo, que fez uma publicação de apoio ao candidato extremista antes do primeiro turno das eleições.
Os dois jogadores representam o time catalão em diversos jogos amistosos e eventos que envolvem o clube. Já nesta terça-feira, o clube diminuiu a programação dos dois ex-atletas.
Durante a ditadura de Francisco Franco, quando o idioma catalão foi proibido na Espanha, o Camp Nou tornou-se um lugar de resistência, em que os torcedores do Barcelona podiam expressar-se sem sofrer a repressão da polícia franquista. O governo do militar, de extrema-direita, só acabou com sua morte, em 1975.
RBA
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