Professores de Jornalismo lançam manifesto de solidariedade a Juremir Machado da Silva, censurado e impedido de fazer perguntas ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). O jornalista pediu demissão ao vivo
O jornalista Juremir Machado pediu demissão ao vivo da Rádio Guaíba na manhã de hoje (23) após ser impedido de fazer perguntas ao candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).
Ao aceitar ser entrevistado pela rádio, Bolsonaro disse que responderia apenas as perguntas do âncora do programa, Rogério Mendelski. Juremir e outros dois jornalistas, Jurandir Soares e Voltaire Porto, acompanharam a entrevista, mas não puderam fazer perguntas.
Professor do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS, Juremir é formado em jornalismo e em história. É doutor em Sociologia pela Universidade de Paris V: René Descartes sob a orientação de Michel Maffesoli.
De 1993 a 1995, foi colunista e correspondente do jornal Zero Hora em Paris. Juremir fez pós-doutorado na França orientado por Edgar Morin, Jean Baudrillard e Michel Maffesoli.
NOTA
Professores de Jornalismo da PUC-RS lançaram uma nota de solidariedade a Juremir.
Sobre o que aconteceu hoje de manhã com o colega professor e Jornalista Juremir Machado da Silva, como professores e colegas, nossa solidariedade a ele e a sua atitude:
As premissas do Jornalismo estabelecem a liberdade que o profissional tem de fazer perguntas. Cabe, também, ao entrevistado, decidir ou não dar entrevista exclusiva a um veículo, mas com os entrevistadores e as condições rotineiras ou propostas deste mesmo veículo.
No entanto, manter os Jornalistas participantes de um programa de rádio dentro do estúdio, mas negar a eles a possibilidade de perguntar, é um claro caso de cerceamento do exercício da profissão.
Nós, jornalistas e professores de jornalismo, colegas de Juremir Machado da Silva, nos solidarizamos com ele e com a sua atitude de se retirar do programa Bom Dia da Rádio Guaíba.
Reiteramos que isso não se trata de uma posição política partidária, e sim a defesa de uma profissão que a cada dia é atacada e desmoralizada.
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