Delmar Bertuol*, Pragmatismo Político
-votei no Eduardo Leite. Não vejo diferença ideológica entre ele e o Sartori, mas não poderia indiretamente legitimar as ações Governador. Sobretudo atraso salariais;
-parece que era fake news a notícia de que a equipe de Sartori havia espalhado uma fake news a respeito da sexualidade do Eduardo Leite. A assessoria do tucano, por sua vez, garante que é fake news a fake news a respeito da fake news;
-até o resultado do 1º turno, ventilava-se que a maioria dos partidos apoiaria o opositor do Bolsonaro incondicionalmente, em nome da democracia. Com a vantagem do Mito dos Debates, no entanto, o oportunismo prevaleceu;
-ficou patético os candidatos a governador anunciarem apoio ao Bolsonaro e ele não retribuir. Não foi nem pragmatismo. Foi oportunismo e maculou a imagem de muitos políticos e partidos;
-se alguém ainda tinha dúvidas de que o PMDB, que, por márquetim, passou a ser MDB, era o mesmo MDB da Ditadura, essas eleições deram a certeza de que o velho “partidão” que defendia a democracia acabou no processo de abertura política;
-meus amigos bolsonetes, por favor, parem de me incomodar no Whats. E muito menos mandem fotos do Mito dos Debates com a faixa presidencial. Imagem, só de mulher pelada;
-a esquerda brasileira precisa se reorganizar. Lula é uma referência política desse campo, apesar das críticas. E merece mesmo esse status. Mas não pode ser um oráculo esquerdista;
-o PT, por seu tamanho e importância, talvez deva encabeçar essa mudança. Mas isso não quer dizer que deva necessariamente ser protagonista eleitoral, pelo menos não “já” em 2022;
-agora vou fazer AS bolsonetes se arrependerem dos seus votos. Havia prometido sair pelado na rua se o Haddad vencesse. Perderam a oportunidade de me ver assim;
-Haddad é o novo galã da esquerda, desbancando Ciro Gomes, um “homão da porra”;
-Ciro Gomes, depois de não declarar explícito apoio ao PT, não é mais tão “homão da porra” assim;
-piada politicamente incorreta (pra entrar na nova onda): uma amiga disse que, dos presidenciáveis, o mais bonito era o Boulos. Respondi: logo ele, que não tem nem teto;
-de galã não me sinto com propriedade pra falar. Mas da Manuela posso dizer, teríamos uma vice bonita pra carai;
-a continuar essa moda na política de Deus e família, o próximo candidato deve desde agora ser assíduo às missas e um em-dia dizimista. E tratar de largar a boemia. E casar. Com alguém do sexo oposto;
-já temos um pré-candidato pra 2022, Ciro Gomes;
-eu estou receoso com o porvir.
*Delmar Bertuol é professor de história da rede municipal e estadual, escritor, autor de “Transbordo, Reminiscências da tua gestação, filha”
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