Escritores e intelectuais lançam manifesto em favor de Haddad. Manifesto aponta o "risco de retrocessos" que Bolsonaro representa "ao apoiar projetos como o Escola sem Partido" e defender "a censura de livros"
Um manifesto assinado por escritores, editores, livreiros e outros integrantes do mercado editorial, em apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT) para a Presidência da República, foi divulgado nesta quarta-feira, 17.
Entre os signatários estão alguns dos maiores nomes da literatura brasileira – Luís Fernando Veríssimo, Chico Buarque e Milton Hatoum -, e estrangeiros, como o linguista americano Noam Chomsky e a filósofa americana Angela Davis.
“Professor, pesquisador, ministro da Educação e prefeito de São Paulo, Haddad demonstrou compromisso claro com valores que são essenciais para a vida intelectual e literária de um país democrático: a promoção do letramento e da democratização da vida escolar, a defesa intransigente da liberdade de opinião e a busca pela igualdade de vozes no debate político, cultural e pedagógico”, diz o manifesto.
“Essa postura se traduziu em avanço na escolarização, na diversidade nas escolas – como a inclusão de pessoas com deficiência – e na ampliação do acesso à universidade. Seu programa de governo promete aprofundar essas mudanças essenciais para a democracia e a bibliodiversidade”, continua o texto.
O manifesto ressalta “o risco de retrocessos” que a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) representa, “ao apoiar projetos como o Escola sem Partido” e defender “a censura de livros” e “restrições à liberdade de pensamento”. “Sendo assim, em favor da democracia duramente conquistada e de um País melhor e menos desigual, nosso voto não poderia ser outro”, conclui.
Compartilhado no site de petições online Avaaz, o manifesto foi assinado por cerca de 1.500 pessoas. Na lista estão: Arnaldo Antunes, Fernando Morais, Luiz Schwarcz, Augusto de Campos, David Harvey, Lília Schwarcz, Lira Neto, Marilena Chauí, Peter Burke, Maria Rita Kehl, Renato Janine Ribeiro, Roger Chartier, Anita Leocadia Prestes e Eric Nepomuceno.
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Roberta Pennafort, Agência Estado
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