Joaquim Barbosa e Marcelo Tas declaram voto em Haddad
Além de declarar voto em Haddad, Joaquim Barbosa desmente fake news histórica de Bolsonaro. O comunicador antipetista Marcelo Tas surpreendeu e também declarou voto no professor para a Presidência
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa declarou hoje (27) que vai votar no candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad. Relator do julgamento do mensalão, Barbosa sempre foi um severo crítico do partido.
No entanto, diante das reiteradas ameaças feitas pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, às instituições, à imprensa e aos adversários, e pelo filho dele, Eduardo Bolsonaro, que já falou em fechar o STF, Barbosa ressaltou a necessidade de racionalizar o voto.
“Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad”, escreveu Barbosa no Twitter.
Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
Barbosa ainda desmentiu Bolsonaro:
Faço um esclarecimento público para desmentir uma manipulação que vem sendo feita ao longo desta triste campanha eleitoral. Até a data de hoje eu ignorei completamente o uso do meu nome na campanha por um dos candidatos. Mudei de ideia porque hoje reiterou-se a manipulação.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
a manipulação foi reiterada em resposta ao exercício, por mim, da liberdade de dizer em quem vou votar amanha. Seguinte:
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
desde 2014 jamais emiti opinião sobre a conhecida Ação Penal 470. Mudei de atividade profissional. Virei a página. Mas vou esclarecer às pessoas sem conhecimento técnico o seguinte: 1) a AP 470 envolvia sobretudo líderes e presidentes de partidos.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
Bolsonaro não era líder nem presidente de partido. Ele não fazia parte do processo do Mensalão. Só se julga quem é parte no processo. Portanto, eu jamais poderia tê-lo absolvido ou exonerado. Ou julgado. É falso, portanto, o que ele vem dizendo por aí.
— Joaquim Barbosa (@joaquimboficial) 27 de outubro de 2018
MARCELO TAS
O jornalista Marcelo Tas, crítico ferrenho do PT, também surpreendeu e declarou voto em Fernando Haddad neste sábado (27). Confira trecho da carta divulgada pelo comunicador:
Na eleição presidencial desse domingo, ao contrário de alguns que veem nela a batalha do bem contra o mal, vejo apenas o retrato doloroso do Brasil.
Não votei em nenhum dos lados no primeiro turno. Não me identifico com nenhum dos candidatos. Vejo em ambos alguns pontos positivos e muitos negativos. Mas não vou fugir de me posicionar.
Declaro o meu apreço pela democracia, pela educação, pela questão ambiental e liberdades individuais. Estes são os valores principais que me levam a reprovar as propostas do candidato Bolsonaro. C
om respeito a quem vai votar nele, sugiro uma reflexão sobre esses temas. Sou neto de agricultores humildes do interior que sofrem a duras intempéries das últimas décadas.
Se não cuidarmos do ambiente, não só o futuro do agrobusiness está ameaçado, mas a nossa própria sobrevivência.
Isto não é a minha opinião, são estudos científicos que levaram à mudança de política em países como Alemanha, França e até a China, hoje o país líder em preservação e bom uso de recursos e energia renovável.
Pelas razões acima, meu voto é Haddad.
No dia seguinte à eleição, independente do resultado, estarei pronto para colaborar para o aperfeiçoamento da democracia e a construção de uma nação mais digna para brasileiros e brasileiras de todas as posições políticas, raças, credos e tradições.