Jornalista é agredida e ameaçada de estupro por bolsonaristas
Dois bolsonaristas agridem jornalista e ameaçam estuprá-la. Mulher foi salva por um carro que passava na rua e assustou os agressores
Uma jornalista que trabalha no Jornal do Commercio de Pernambuco foi agredida e ameaçada de estupro neste domingo (7) de eleição, em Recife.
A mulher foi atacada por dois homens no momento em que saía do local de votação, no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife.
Segundo ela relatou à Polícia, um deles vestia camisa do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O motivo da agressão, de acordo com a profissional, seria o fato de ela ser jornalista e mulher.
Depois de ter votado, a mulher se dirigiu ao carro, que estava estacionado na via. Dois homens portando um pedaço de ferro abordaram-na na rua.
“Tinham um ferro, tipo um canivete. Viram meu crachá e disseram que eu era ‘riquinha’ e ‘de esquerda’ e também ameaçaram um estupro”, conta. Neste momento, relatou que os dois a cortaram no braço e no queixo.
De acordo com a repórter, um dos homens era branco, usava uma calça jeans e uma camisa preta que tinha a foto do presidenciável com os dizeres “Bolsonaro Presidente”; e o outro também branco, vestia uma camisa verde e calça jeans.
Minutos depois, um carro que passava na rua buzinou e os agressores se assustaram, saindo correndo na direção de um bar de esquina onde estaria um grupo bebendo.
Com hematomas no rosto e cortes nos braços, a jornalista prestou queixa à polícia, às 15h30 deste domingo (7).
“Todas as providências necessárias já foram tomadas pela Polícia Civil. Foi feito registro do Boletim de Ocorrência, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e a polícia foi ao local para tentar identificar os suspeitos”, explicou o delegado Rômulo Aires, titular da Delegacia do Espinheiro, na Zona Norte do Recife.
Os investigadores vão solicitar as imagens das câmeras de segurança da área onde ocorreu a agressão. O resultado do exame de corpo de delito feito pela jornalista no IML será divulgado em 20 dias.
A Polícia Civil informou que não revelará os nomes dos suspeitos nem da vítima para que a investigação não seja comprometida.
Neste domingo, um ativista social foi assassinado com 12 facadas por ter votado no PT (saiba mais).