Lutador não aceitou posicionamento político divergente do seu e partiu para a agressão física. Além de socos na cabeça, vítima foi chamada de 'viadinho'. Mulher que estava com o jovem também foi agredida. Garçons impediram tragédia maior
Um jovem de 18 anos foi espancado na última sexta-feira (12) após uma divergência a respeito do atual cenário político-eleitoral do Brasil. O crime aconteceu na cidade de Itatiba (SP).
Vinícius Costa recebeu diversos socos na cabeça por dizer que não votaria em Jair Bolsonaro no 2º turno da eleição presidencial.
O agressor, Ricardo, está foragido. Ele foi embora do local ao saber que a polícia estava a caminho. O estabelecimento tem câmeras de segurança e deve liberar as imagens após pedidos da Justiça.
Vinicíus foi até o Pronto Socorro da Santa Casa de Itatiba, para constatação de lesão, que foi confirmada. Ele ainda deve entrar com uma ação na vara cível e criminal. O jovem também registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia.
Nas redes sociais, Vinícius publicou um desabafo sobre a agressão sofrida:
Fomos em um bar, encontramos umas conhecidas lá e quando acabou o show resolvemos comer antes de ir para casa e passamos na lanchonete. Se sentaram comigo e com a Paula duas amigas. Elas estavam acompanhadas de dois amigos lutadores de Jiu-jitsu e uma psicóloga.
Quando eu e Paula nos levantamos da mesa para ir embora, o sujeito de nome Ricardo partiu para cima de mim, me agredindo com vários socos na cabeça e me chamando de ‘viado’.
Me chamavam de ‘viadinho de merda’ e diziam que ‘Bolsonaro vai acabar com isso. Ao mesmo tempo, a psicóloga agrediu Paula verbalmente. Ela berrava insultos, a chamando de ‘gorda’, ‘puta’, ‘imunda’ e outras barbaridades, enquanto esbravejava que não aceitaria ‘Kit Gay’.
Fora do restaurante, Ricardo ainda partiu para cima de mim, mas foi contido pelos garçons do local. Antes da polícia chegar, Ricardo fugiu em seu carro assim como a psicóloga. As placas dos veículos de ambos foram anotadas e estão registradas no B.O.
Hoje, se não fossem os garçons da lanchonete, eu poderia acabar como mais um Mestre Moa.
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