Roda Viva ofereceu série de facilidades para entrevistar Jair Bolsonaro, mas candidato rejeitou convite. "Nos dispusemos a ir até na casa dele"
Na noite desta segunda-feira (22), o programa Roda Viva, da TV Cultura, sabatinou o candidato Fernando Haddad (PT).
Economia, democracia e críticas ao adversário dominaram a entrevista. Logo de início, perguntado sobre se colocar na campanha como única opção democrática, ele disse que Jair Bolsonaro (PSL) “cultua a tortura” e tem como herói o torturador “mais bárbaro” da ditadura militar.
Foi uma referência ao Coronel Brilhante Ustra, a quem Bolsonaro dedicou seu voto no impeachment e que é reconhecido pela Justiça como torturador.
Haddad também criticou o discurso que seu adversário fez de forma remota a apoiadores que participavam de manifestação a seu favor na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (21).
O líder nas pesquisas prometeu “varrer os vermelhos” do país e disse que “essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para a cadeia”. Para Haddad, ele está ameaçando opositores com “cadeia ou exílio”.
O candidato petista também criticou as falas reveladas ontem de Eduardo Bolsonaro, filho do candidato, de que para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) basta “um soldado e um cabo”.
As declarações foram repudiadas por ministros do STF e pela OAB; o presidenciável disse que “advertiu o garoto” pela fala “absurda”.
Antes do início da entrevista, o âncora Ricardo Lessa divulgou um esclarecimento sobre o candidato da extrema-direita:
Queremos lembrar que fizemos insistentes convites ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, primeiro para vir pessoalmente ao Roda Viva.
Como ele não manifestou interesse, oferecemos uma possibilidade para que ele gravasse uma entrevista em sua residência no Rio. Bolsonaro também rejeitou essa possibilidade.
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Ainda hoje oferecemos para a assessoria do candidato a proposta para ele receber a equipe do Roda Viva no Rio de Janeiro. Mas não obtivemos resposta.
A ÍNTEGRA DO RODA VIVA:
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