Driblando a Democracia: documentário revela o método de trabalho do assessor de Donald Trump e que também foi contratado por Jair Bolsonaro
Steve Bannon, antigo estrategista chefe da campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está envolvido na campanha do candidato da extrema-direita no segundo turno das eleições 2018 no Brasil, Jair Bolsonaro (PSL).
O fato foi levantado pelo seu adversário, Fernando Haddad (PT), e ganhou destaque no periódico inglês The Guardian. Para o petista, o fato estaria ligado com a avalanche de fake news contra ele.
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“Você sabe mesmo quem é Bolsonaro?”, provoca um vídeo da campanha de Haddad. “Sabe quem está ao seu lado? Steve Bannon. Ele é acusado de sabotar regimes democráticos pelo mundo. Ele utiliza notícias falsas, fake news, para espalhar medo e violência e vencer eleições. Bannon é especialista em espalhar terror pelo mundo. O que Bolsonaro faz há 30 anos no Brasil”, completa.
A ideia é comprovada por uma postagem do filho de Bolsonaro, Eduardo. Em agosto, ele divulgou uma foto sua com Bannon em um encontro que aconteceu em Nova York.
“Tivemos uma excelente conversa e compartilhamos da mesma visão de mundo. Sr. Bannon afirmou ser um entusiasta da campanha de Bolsonaro e certamente estamos em contato para somar forças, principalmente contra o marxismo cultural (sic)”, afirmou.
Bannon é partidário de ideais populistas de extrema-direita, e é acusado de manipular as eleições norte-americanas em 2016 através do uso excessivo das fake news, mesma estratégia que é possível notar na campanha de Bolsonaro.
O estrategista chegou a falar, em entrevista publicada pela Bloomberg News, que a ideia é criar um grupo, “The Movement” – “O Movimento”, para reunir estas forças da direita em todo o mundo nesta espécie de clube dos donos do poder. Ele cita a influência no Brasil, Argentina e vislumbra a possibilidade de ampliar para a Ásia em países como o Paquistão, que deve ter eleições em breve.
Entre os meios comandados por Bannon nos Estados Unidos está o blog Breibart News, que publica uma série de fake news favoráveis à extrema-direita, e chegou a ser alvo de polêmicas ao atacar com mentiras a candidata democrata nas eleições norte-americanas de 2016, Hillary Clinton.
As polêmicas também passam por apoio a movimentos supremacistas brancos, o que casa com o apoio da Klu Klux Klan a Bolsonaro, divulgado nesta semana. Misoginia e homofobia também estão no cardápio de Bannon, bem como no de Bolsonaro.
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