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Eleições 2018 22/Out/2018 às 15:44 COMENTÁRIOS
Eleições 2018

“Triste escolha”, diz editorial do New York Times sobre Bolsonaro

Publicado em 22 Out, 2018 às 15h44

'New York Times' chama Bolsonaro de 'escolha triste' em editorial. Tradicional jornal norte-americando classifica candidato do PSL como um populista, saudosista da tortura e da ditadura, com visões repulsivas, além de ser ameaça ao meio ambiente

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RBA

O jornal norte-americano The New York Times publicou editorial neste domingo (21) em que classifica o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) como “a triste escolha do Brasil“. Classificado como extrema-direita, o texto assinado pelo conselho editorial compara o militar da reserva com o presidente americano Donald Trump, e diz que o brasileiro tem “visões repulsivas” e sente “saudades” de generais e torturadores dos tempos da ditadura.

É um dia triste para a democracia quando a desordem e a decepção levam eleitores à distração e abrem a porta para populistas ofensivos, rudes e agressivos“.

Bolsonaro e Trump são identificados como pertencentes a uma longa lista de políticos populistas que utilizam o descontentamento, a frustração e o desespero da população como plataforma política.

O jornal também lembra o histórico de declarações preconceituosas do candidato, como ao dizer que preferia que um filho seu morresse a que fosse homossexual; que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque seria “muito feia“; que quilombolas seriam gordos e preguiçosos e que não serviriam nem para procriar; e que o aquecimento global não passaria de “fábulas de estufa“, prometendo, assim como Trump, se retirar do Acordo de Paris – que busca reduzir os efeitos das mudanças climáticas para o meio ambiente.

As opiniões grosseiras de Bolsonaro são interpretadas como franqueza, e sua carreira obscura como congressista como a promessa de um ‘forasteiro’ que limpará os estábulos“, diz o jornal, que destaca o discurso “punho de ferro” do candidato, vendido como solução no combate à violência.

Cristão evangélico, ele prega uma mistura de conservadorismo social e liberalismo econômico, embora confesse apenas uma compreensão superficial da economia“, destaca o tradicional veículo norte-americano.

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