Meio Ambiente

Maitê Proença pode ser ministra de Jair Bolsonaro

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Maitê Proença confirma sondagem para Ministério do Meio Ambiente. A atriz é ex-mulher do empresário Paulo Marinho, ligado ao presidente eleito, com quem tem um filho

Maitê Proença, cotada para o Ministério do Meio Ambiente

A atriz Maitê Proença pode assumir o Ministério do Meio Ambiente no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (12) pelo jornal O Globo.

O nome de Maitê teria sido proposto a Bolsonaro por um grupo de ambientalistas, economistas e pesquisadores. A atriz é ex-mulher do empresário Paulo Marinho, ligado ao presidente eleito, com quem tem um filho.

Maitê se manifestou após a reportagem e admitiu a sondagem. Segundo ela, “a ideia é tirar o viés ideológico a que o setor ambiental ficou associado. Trazer um nome que possa abrir as portas que se fecham para os ecologistas. Um nome ligado às causas ambientais, mas que circule nos diversos meios de forma isenta. E que possa colocar a pasta acima de picuinhas políticas”.

O vice-presidente de parcerias estratégicas da Conservação Internacional, Rodrigo Medeiros, diz que o nome de Maitê pode trazer mais “tranquilidade e leveza” para a pasta.

“Ela não é partidária e se mostrou muito disposta a contribuir. Tem condições de manter um ótimo diálogo em todas as áreas, inclusive com os ruralistas”, disse.

Maitê Proença declarou voto em Marina Silva (REDE) no 1º turno da eleição presidencial de 2018.

Logo após ser eleito, Bolsonaro chegou a anunciar a união dos ministérios da Agricultura com o Meio Ambiente. Após ser alvo de duras críticas, o presidente eleito recuou e disse que manteria as duas pastas separadas. O Ministério da Agricultura ficará com a deputada ruralista Tereza Cristina.

Na última semana, a modelo Gisele Bündchen escreveu uma carta aberta direcionada a Jair Bolsonaro. Relembre:

“Excelentíssimo futuro presidente eleito Bolsonaro. Como defensora do meio ambiente e cidadã brasileira, preciso manifestar a preocupação com a proposta de união entre os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura. Dois órgão de imensa relevância nacional e que têm agendas próprias, e por vezes, incompatíveis.

Temos um país abençoado com uma biodiversidade inestimável e com condição de liderar a guinada global rumo ao desenvolvimento sustentável. Conciliar conservação socioambiental e crescimento econômico é perfeitamente possível e necessário.

Fragilizar a autoridade representada pelo Meio Ambiente, no momento em que as preocupações com as ameaças da mudança climática e do desmatamento se intensificam, pode ser desastroso e um caminho sem volta. Assim como o mundo precisa da Amazônia e demais florestas para o equilíbrio do clima, nosso agronegócio também precisa da floresta em pé para garantir as condições minímas para que continue tendo força no futuro. Nesta caminhada, o diálogo é fundamental

A natureza é o nosso bem mais valioso na Terra, e preservar o meio ambiente é essência para o futuro dos nossos filhos e próximas gerações. Por favor, permitida que não retrocedamos décadas de luta pelas florestas”

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